Viajantes da Amazônia relataram que os nativos da região entram, algumas vezes, em transes mediúnicos quando ingerem o sumo destilado de determinadas plantas.
O Dr. William McGovern era assistente do administrador de etnografia sul-americana, no Field Museum of Natural History, quando fez as suas pesquisas nos anos 20. Ele estava a estudar os povoados nativos do rio Amazonas, onde observou os índios a preparar uma bebida psicadélica, feita com base num agente químico alucinogénico chamado “harmaline”, encontrado na planta trepadeira Banisteriopsis caapi.
“Alguns daqueles índios entraram num estado de transe particularmente profundo, durante o qual demonstravam adquirir poderes telepáticos. Dois ou três dos homens descreveram o que estava a acontecer nas aldeias de indígenas localizadas a centenas de quilómetros de distância, muitas das quais eles jamais haviam visitado, e cujos moradores não conheciam, mas cujas descrições pareciam combinar exactamente com o que eu sabia sobre os lugares e as pessoas envolvidas. Mais extraordinário foi que naquela noite em particular, o feiticeiro da tribo local informou-me que o chefe de certa tribo, localizada numa região distante chamada de Pirapanema, morrera. Anotei essa declaração no meu diário e, semanas mais tarde, quando chegamos à tribo em questão, descobri que as afirmações do feiticeiro estavam corretas nos mínimos detalhes”, declarou ele.
A “harmaline” foi posteriormente importada para a Europa, onde pesquisadores do Instituto Pasteur, da França, realizaram experiências alucinógenas com ela. Eles relataram que os pacientes entraram em transe mediúnico tão profundo, depois de ingeri-la, que resolveram mudar o nome da droga para “telepathine”.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz