A 6 de Agosto de 2020, o periódico Paradigmas publicou um artigo (“Cada vez mais estudos provam que o SARS-CoV-2 não é um vírus novo“), onde se apresentou vários estudos científicos que descobriram que a sequência genética do SARS-CoV-2 terá sido descoberta em amostras de 2019 (pré-pandemia), em várias partes do mundo, sugerindo fortemente que o vírus não é novo. [1]
Seis dias depois (dia 12 de Agosto), o Polígrafo publicou um artigo onde considerou falsas as afirmações do artigo do Paradigmas, valendo-se da opinião de João Júlio Cerqueira, numa peça que deixou muito a desejar em termos da apresentação de evidências.
O Paradigmas viu-se assim alvo de censura e da impossibilidade da partilha do referido artigo nas redes sociais.
Considerando-se lesado, o Paradigmas, apresentou queixa à ERC (Entidade Reguladora da Comunicação Social).
Com o passar do tempo, foram-se acumulando evidências científicas adicionais que apoiavam o artigo publicado pelo Paradigmas, como um estudo italiano que encontrou anticorpos específicos ao SARS-CoV-2 em amostras recolhidas em Setembro de 2019. [3]
No passado dia 22 de Maio de 2020, Eduardo Cintra Torres, numa peça publicada no Correio da Manhã, dava conta da condenação do Polígrafo por parte da ERC, dando assim razão à queixa avançada pelo Paradigmas (imagem principal do artigo).
O Polígrafo arroga-se a arbitrar a verdade, o que lhe confere um carácter “divino” de infalibilidade. Ao provar-se que é falível, como aconteceu com esta condenação, perde inexoravelmente a sua autoridade como Fact-checker, não reunindo condições para a continuidade da sua actividade.
O Polígrafo é um “Gigante com Pés de Barro” que aspira àquilo que não pode (nem consegue) ser, num papel completamente averso aos princípios de uma sociedade pluralista e democrática. Esta condenação é o início da sua inevitável queda.
Fontes:
[1] «Cada vez mais estudos provam que o SARS-CoV-2 não é um vírus novo», Paradigmas. 5 de Agosto de 2020