Antes de avançar para a análise da reserva fraccionária e dos juros cobrados pelas Instituições Bancárias, convidamo-lo a ver o Documentário «Os Donos de Portugal», que elucida muitos dos “esquemas” que acontecem no nosso país, expondo as ligações e percursos dos políticos evidenciando ainda os cargos que passaram a ocupar (após a passagem pelo Governo) em empresas que ajudaram a privatizar.
Conhecida a teia da Política que organiza os grandes negócios e que escraviza os cidadãos forçando-os a financiar os seus investimentos e suportar as suas dívidas, podemos agora verificar que:
- Quem dirigiu a privatização passa a dirigir o que privatizou;
- Quem adjudicou a obra pública passa a liderar a construtora escolhida;
- Quem negociou com o Estado a parceria público-privada passa a gerir a renda que antes atribuiu, ou vice-versa.
A maior parte da dívida externa portuguesa não é do Estado mas sim dos Bancos. O sistema financeiro abandonou assim definitivamente o crédito aos sectores produtivos da Economia. Portugal tornou-se cada vez mais dependente, produzindo cada vez menos daquilo que precisava; o que consumia era cada vez mais importado.
Com a crise financeira internacional, este castelo de dívidas desmoronou-se. O desemprego gera despesa social e diminui a cobrança fiscal; os impostos sobre o consumo geram pobreza e contraem a produção; os serviços públicos degradam-se rapidamente. AS PERDAS DOS BANCOS PRIVADOS SÃO SOCIALIZADAS.
Sob o regime da dívida a própria democracia é ameaçada. Assim chegamos à situação em que nos encontramos hoje. Não foi por acaso;
O actual cenário é intencional e tudo foi arquitectado há muito tempo.