O documentário Thrive, já apresentado pelo Paradigmas, estreou-se no dia simbólico de 11/11/11, com a intenção de funcionar como um movimento alternativo promovido por Foster Gamble e a sua mulher Kimberly Carter Gamble.
O documentário fornece informações sobre muitos temas, como a Ciência quântica e energias livres; a vida extraterrestre e todo o debate em torno dos OVNIs; a Alimentação, a Saúde e as companhias farmacêuticas; o controlo político e a escravatura perante a divida financeira da banca internacional. Também nos fala sobre as oportunidade de futuro e da consciência humana planeando uma vaga solução para os problemas que nos afectam colectivamente. Tudo a partir de uma visão bem informada e estruturada de teses alternativas como crítica à situação actual e aos movimentos da Nova Era.
Parece tudo partir de bons princípios. Não se pode garantir que tudo o que é dito no documentário seja baseado em mentiras e o documentário realmente afirma muitos aspectos verdadeiros. No entanto, muitos afirmam que a orientação que se dá a essas informações poderá guiar as massas para um logro.
Algo que é indispensável saber é a fonte dos seus criadores:
Foster Gamble é o filho do dono da Proctor & Gamble, companhia multinacional que é conhecida pelo seguinte:
- Produção de produtos de consumo múltiplos, sendo considerada uma das piores empresas pela revista Monitor das Multinacionais, tendo sido multada por práticas monopolistas.
- São promotores da fluoretação da água potável que é hoje conhecida por ter sido uma experiência com consequências infelizes. O flúor é tido como tendo sido utilizado pela primeira vez em experiência, nos campos de concentração Nazis, com o objectivo de tornar as pessoas menos agressivas e reduzir o seu QI.
- É tida como uma empresa que tem praticado sucessivos abusos laboratoriais, em experiências com animais.
Foster Gamble pertence, portanto, a uma família super-abastada, o que lança suspeitas sobre as suas intenções em relação ao movimento Thrive (http://www.thrivemovement.com/), que relaciona as elites financeiras, empresariais e políticas com toda a conspiração elitista. Foster, apesar das suas origens, declarou precisar de dinheiro, pedindo muito gentilmente para darem contribuições particulares para a sua causa, além da venda de t-shirts.
Parece tudo uma tentativa de integrar grupos dissidentes e colocá-los numa pseudo-religião estilo Nova Era. Se tal for o caso, parece ser uma tentativa muito bem pensada e executada. Obviamente, para realizar esta produção, Foster teve de investir um monte de recursos e dinheiro. Inclusivamente, consegue distinguir-se perfeitamente a mão de instituições de engenharia social, como o Instituto Tavistok, o Instituto Technologico de Massachussets (MIT) entre outros. Terá tudo isto sido feito para afundar o potencial de protesto de uma Sociedade global que está continuamente mais alerta para a manipulação e para o projecto de escravidão total, integrando-os em projectos actuais controlados por uma elite?
Tudo isso e muito mais pode ser visto se percebermos que o seu documentário não faz uma só crítica às religiões ou à manipulação dos meios de comunicação.
Não se trata de um fenómeno inédito. É algo que já pudemos presenciar noutros movimentos revolucionários do passado. É dito, por exemplo, que George Soros, financiava alguns movimentos de protesto, para com isso obter algum controlo sobre os mesmos, agregar o descontentamento das massas e guiá-los rumo aos interesses da elite (Um bom exemplo poderá ser o do movimento Occupy, conforme relatado no artigo publicado pelo Paradigmas: “Quem está por trás do Movimento Occupy Wall Street ?“). Outro dos movimentos muito recentes é o Wikileaks que inicialmente anunciou com grande alarde a revelação de segredos de Estado e depois acabou por se tratar de informação que nem de matéria para revistas de coscusvilhices se tratava, por ser tão branda. Além disso, anunciavam a publicação de segredos que punham em casa a segurança de países como os E.U.A., o que deu justificação para a legislação de mais medidas de controlo, que são sempre atentados à liberdade. E tudo com o apoio mediático de todos os meios de comunicação principais, de imprensa, rádio e televisão. Tudo demasiado suspeito. E agora que terminou a sua utilidade, foi encerrado e pronto final.
Há poucos anos atrás, apareceu o movimento Zeitgeist, que também começou com um documentário do mesmo nome e teve várias sequelas, de acordo com o mesmo procedimento do movimento Thrive: criar um documentário que influencia a consciência global e, posteriormente, como do nada, surge um movimento de cidadãos com propostas de salvação mundial.
É de acrescentar a estranheza em ser tão difícil encontrar informação na internet sobre Foster Gamble, informação essa que nem no Wikipedia consta.
Que conclusão se pode retirar em relação a tudo isto? Talvez nenhuma que seja conclusiva, por enquanto. Fica apenas a pairar inexoravelmente, a necessidade de estarmos alertas em relação a todos estes movimentos, às suas origens e propósitos.