Depois de ter criado a General Education Board dos Estados Unidos da América [1], uma entidade que recebeu mais de 180 milhões de dólares da Família Rockefeller, é atribuída a John D. Rockefeller a frase: “Não quero uma nação de pensadores. Quero uma nação de trabalhadores.” [2]
O mesmo foi descrito de forma mais elaborada por Frederick Gates, consultor de negócios dos Rockefeller: [3]
“No nosso sonho, temos recursos ilimitados e as pessoas entregam-se com perfeita docilidade às nossas mãos modeladoras. As actuais convenções educacionais desaparecem das suas mentes; e, desobstruídos da tradição, trabalhamos a nossa própria boa vontade sobre um povo rural agradecido e receptivo (…) Não devemos tentar transformar estas pessoas ou qualquer um dos seus filhos em filósofos ou homens de erudição ou ciência. Não devemos suscitar entre eles autores, oradores, poetas ou homens de letras. Não devemos procurar grandes artistas, pintores ou músicos nem advogados, médicos, pregadores, políticos, estadistas, dos quais temos um amplo suprimento.”
O que é certo é que nos últimos 100 anos criou-se um sistema educativo segundo os seguintes moldes:
– A verdade vem da autoridade;
– Inteligência é a habilidade de recordar e repetir;
– A memória e a repetição são premiadas;
– A Não-Conformidade é castigada;
– Necessidade de conformidade intelectual e social.
Uma educação centrada no hemisfério esquerdo.
Como é óbvio, o resultado não pode traduzir-se numa população livre-pensante, com pensamento crítico e criatividade.
E o resultado está à vista.
Fontes:
[1] Ware, Louise (2009-08-01). George Foster Peabody: Banker, Philanthropist, Publicist. University of Georgia Press. ISBN 9780820334561.
[2] John D. Rockefeller (2015). “John D. Rockefeller on Making Money: Advice and Words of Wisdom on Building and Sharing Wealth”, p.7, Skyhorse Publishing, Inc.
[3] Frederick T. Gates. “The Country School Of To-Morrow,” Occasional Papers, No. 1 (1913) online