Síria: outra falsa bandeira por parte dos EUA ?

1
894
Bashar al-Assad nega a autoria dos ataques químicos
Bashar al-Assad nega a autoria dos ataques químicos

Em 21 de Agosto de 2013, cerca de 1400 civis sírios foram mortos em Ghouta, alegadamente através de armas químicas que se tem dito ter sido responsabilidade do regime ditatorial de Bashar Al-Assad.

O senador John Kerry, que juntamente com a sua esposa, jantou com Bashar al-Assad, em 2009 (foto apresentada no final do artigo), agora apelida-o de assassino e compara-o a Hitler.

Não é de agora que se sabe como a família al-Assad tem gerido o país com pulso de ferro, esmagando qualquer tentativa de revolta ou manifestação por parte do seu povo. Não se tem coibido de apresentar blindados e tanques de guerra em plenas manifestações, e assassinado cidadãos aos milhares, tendo a ONU já confirmado cerca de 100 mil mortes e 4,5 milhões de refugiados, provocados pelo regime.

O direito dos sírios à revolta é claro. Trata-se de uma oligarquia nada desejável.

No entanto, independentemente disso, tem-se questionado a acção dos EUA desde o início da revolta síria (Têm vindo a ser planeadas acções contra a Síria e Irão – que são aliados -, há já bastante tempo), alegando-se o interesse norte-americano naquele país exportador de petróleo, podendo garantir a sua entrada após uma eventual queda do regime sírio, à semelhança do que já aconteceu no Iraque e Afeganistão, embora após todas as críticas de que foram alvo, tenha esta acção vindo a decorrer de forma bem mais sub-reptícia.

Bashar al-Assad continua a negar a autoria dos ataques químicos, e o congressista norte-americano Ron Paul afirma que se tratou uma Falsa Bandeira por parte dos norte-americanos.

Vladimir Putin, o presidente russo, admite um ataque à Síria caso se confirme a autoria do ataque com armas químicas, mas afirma que por enquanto, subsistem muitas dúvidas.

Quem não parece ter dúvidas é Barack Obama, que anuncia uma ofensiva militar.

O porta-aviões USS Nimitz foi desviado da sua rota e posicionou-se estrategicamente perto da costa da Síria de acordo notícia avançada pelo Russia Today.

Há algum tempo atrás, a Rússia manifestou a sua oposição a qualquer acção militar unilateral contra a Síria, após os EUA afirmarem que poderiam intervir no país árabe caso o regime de Bashar al-Assad usasse armas químicas para combater os rebeldes.

E não é que o ataque químico ocorreu mesmo?

Washington acusa agora o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad de lançar um ataque químico contra redutos de milícias, e está a preparar-se para o que apelida de “resposta militar de retaliação”.

Será que neste caso, os EUA estarão novamente a perpetrar aquilo que de melhor sabem fazer: uma falsa bandeira?

A comunidade internacional começa a entoar num tom cada vez mais elevado que o ataque à Síria é movido pela corrida ao petróleo e pelo controlo do Médio Oriente, e não por um qualquer sentimento de compaixão pelo povo sírio, até pela exígua selectividade que os EUA têm apresentado no que toca a intervir em massacres, ao redor do mundo.

John Kerry e Bashar al-Assad
John Kerry e Bashar al-Assad

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here