Yale é a melhor universidade dos Estados Unidos. O valor anual das propinas ronda os 28.400 dólares, o que exclui quase toda a gente de a frequentar, excepto os mais privilegiados e os mais dotados intelectualmente (com bolsas de estudo). Por isso, o facto dos alumni (estudantes) de Yale ocuparem posições de poder é algo inevitável, mas em Yale existe uma sociedade secreta que pode impelir a elite de entre a elite para as posições mais poderosas do mundo, incluindo posições estratégicas na CIA e o emprego dos empregos – presidente dos Estados Unidos. Muitos acreditam que é o ramo americano dos Illuminati. O seu nome é Skull and Bones (Caveira e Ossos).
George W. Bush, um aluno medíocre, de uma das mais importantes famílias do mundo, frequentou Yale nos anos 60 e, assim como o seu pai George H. W. Bush, ingressou na Skull and Bones. Para um homem com inegáveis modestas capacidades, atingiu o verdadeiro poder, que só o dinheiro e a influência poderiam comprar. O facto do seu adversário nas presidenciais de 2004, John Kerry, também ter frequentado Yale não é de espantar. O facto de também ele ser membro da Skull and Bones já é coincidência a mais.
Elihu Yale, o famoso benfeitor de Yale, nasceu perto de Boston, Massachusetts, a 5 de Abril de 1649. Educado em Londres, fez a sua fortuna na Companhia das Índias Orientais Britânica e, mais tarde, tornou-se governador do Forte St. George, um importante posto de troca e o centro diplomático da Índia. Depois de vários donativos, deram o seu nome à universidade, em 1718. Quase 60 anos depois, um licenciado de Yale de 21 anos, membro do “Culper Ring” (a primeira operação de Inteligência americana), foi enforcado em Nova Iorque e tornou-se mártir da Revolução Americana. Existe uma estátua sua no velho campus de Yale.
Desde aí, Yale tem tido uma relação única com a Inteligência dos Estados Unidos e agora com a CIA (na sede da CIA em Langley, Virgínia, existe uma estátua de Yale). Aparentemente, existiam tantos licenciados de Yale no Gabinete de Serviços Estratégicos (ou OSS, a antecessora da CIA), que a música de confraternização de Yale, a “Whiffenpoof Song“, não se fazia apenas ouvir nos quadrantes neo-góticos da universidade, mas depressa se tornou no hino não oficial da OSS.
A história da Skull and Bones tem início em 1832, quando William H. Russell (cuja família fez fortuna com o contrabando de ópio turco para a China) e outros 14 estudantes se tornaram nos membros fundadores da ordem. No ano anterior, Russell tinha estudado na Alemanha. De acordo com informações roubadas da Skull and Bones em 1876, por um grupo intitulado “The Order of File and Claw“, “Bones é um capítulo de uma associação de estudantes de uma universidade alemã… O general Russell, o seu fundador, esteve na Alemanha antes do ano de finalista e criou uma boa amizade com o líder da sociedade alemã. Trouxe consigo autorização para fundar uma nos Estados Unidos.” Muitos investigadores acreditam que a sociedade alemã dizia ser os Illuminati, que partilham no emblema oficial a caveira e os ossos; Ron Rosenbaum afirma que ambos os grupos partilham vários elementos ritualistas.
Desde então, todos os anos, 15 caloiros são escolhidos por finalistas para se iniciarem. Ler os nomes de família que constam do regulamento da Skull and Bones é como ler a lista de um clube privado:
Taft, Jay, Bundy, Rockefeller, Goodyear, Sloane, Stimson, Phelps, Perkins, Pillsbury, Kellogg, Vanderbilt, Bush, Lovett.
Desde 1856 têm efectuado os seus rituais de iniciação no “túmulo”, uma ala do campus, sem janelas e coberta por vinhas. Também se julga que é dada uma substancial quantia em dinheiro a cada iniciado, como incentivo para o sucesso pós-escolar (apesar de ser mais um indicador da riqueza do financiador da Ordem, Russell Trust, já que nenhum membro da ordem se pode queixar de falta de dinheiro).
Em Outubro de 1873, cinquenta anos após a fundação da Ordem, o volume I, número I, da primeira e única edição da publicação («The Iconoclast»), proferiu as seguintes críticas à Ordem:
“A Skull and Bones escolhe os seus membros de todas as classes sociais. Eles entraram no mundo do trabalho e, em muitos casos, tornaram-se líderes na Sociedade. Controlam Yale; conduzem a sua gestão. O dinheiro pago à universidade tem de passar pelas suas mãos e estar sujeito às suas vontades. Não há dúvida que são homens dignos, mas aqueles a quem eles olharam de cima, na universidade, não esquecem este desprezo ao ponto de lhes dar dinheiro. Em Wall Street queixam-se de que a universidade lhes vem pedir ajuda, em vez de pedir aos seus licenciados a sua parte… Ano após ano o mal cresce. A sociedade nunca foi tão desagradável para a universidade como hoje e é apenas este sentimento de desprezo que fecha os bolsos dos não membros. A Ordem nunca demonstrou tanta arrogância e superioridade. Influencia a College Press e ambiciona governá-la. Não se digna a mostrar as suas credenciais, mas agarra o poder com a consciência pesada… Dizer o bem que a Ordem tem feito seria uma tarefa quase impossível. Dizer o bem que poderá fazer ainda mais. Por um lado, temos uma fonte de bem incalculável, por outro, uma sociedade responsável por sérios e amplos crimes. E a Universidade de Yale contra a Skull and Bones! Perguntamos a todos, como uma questão de direito, a qual delas deve ser permitido viver?”
A família de Russell não foi a única a obter riqueza do contrabando de ópio. Na verdade, as drogas, o petróleo, a Guerra e as armas têm construído e consolidado as bases do poder de todas as dinastias americanas e europeias. Todas as Guerras, desde então, têm sido uma aplicação directa dos princípios dialécticos de Hegel – tese versus antítese, para salvaguardar e aumentar a riqueza e o poder e, em último caso, para obter uma Nova Ordem Mundial.
Alguns argumentariam que a globalização, o materialismo e uma Sociedade permissiva são os métodos dos membros da Ordem para apressar, com sucesso, a Nova Ordem Mundial, deitando por terra a unidade da família – o único grande obstáculo do controlo totalitário da mente – enquanto publicamente a fingem proteger.
Os protetores mais acérrimos da moralidade são os mesmos que trabalham, na clandestinidade, para a destruir.
Fonte: Livro: «O Manual das Sociedades Secretas» de Michael Bradley