Os cépticos gostam de ridicularizar os médiuns, dizendo: “se a Percepção Extra-Sensorial realmente funciona, porque é que eles não ganham fortunas nas corridas de cavalos?” Na verdade, existem muitas provas de que alguns deles já ganharam bastante dinheiro.
A British Broadcasting Company transmitiu uma série de programas sobre pesquisas mediúnicas em 1934. Entre os participantes estava Edith Lyttleton, ex-delegada ligada à Liga das Nações e talentosa médium. Ela destinou toda a apresentação ao tema da precogitação; terminada a transmissão, solicitou aos ouvintes que relatassem as suas próprias experiências. Em seguida, Edith passou a seguir atentamente e de forma sistemática os casos mais promissores, especialmente aqueles para os quais podia ser encontrada documentação. Surpreendentemente, foi relatado um número extraordinário de casos por pessoas cujas experiências de pre-cogitação tinham relação com corrida de cavalos. Muitas das testemunhas tinham até mesmo usado as informações para fazer apostas. Um dos correspondentes de Edith Lyttleton era uma tal de sra. Phyliss Richards, cuja experiência ocorrera no ano anterior.
“Viajei de Belfast a Liverpool na noite de quinta-feira, 23 de Março de 1933, para ver o Grand National, a ser disputado no dia seguinte” declarou a Sra. Richards. “Durante a travessia, percebi que me havia esquecido da minha capa impermeável e fiquei algo preocupada. Fui dormir e sonhei que estava na corrida, chovia muito e um cavalo, cujo nome começava com a letra”K“e terminava com “Jack“, vencera a corrida, embora não tivesse sido o primeiro cavalo a cruzar o disco de chegada.”
A sra. Phyliss Richards acabou fazendo uma pequena aposta no cavalo Kellesboro Jack, que cruzou o disco logo atrás de um cavalo cujo jóquei caíra no meio do caminho. E ela ganhou.
Depois de ouvir essa narração, Edith Lyttleton e uma colega conseguiram descobrir um dos personagens aos quais a Sra. Phyliss Richards contara o sonho antes da realização da corrida. O homem confirmou inteiramente o facto e também ganhara dinheiro com o “palpite”. Edith Lyttleton publicou diversos casos similares em 1937, concluindo que certas pessoas podem tirar grandes proveitos (em todos os sentidos da palavra) levando a sério os seus Sonhos.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz