Existe uma quantidade de soluções a serem consideradas face ao Mundo de Ilusão criado pelos Illuminati. Alguns gostariam que se eliminasse uma parte dos Illuminati, o que, no nosso modo de pensar, não serviria de muito, pois eles seriam rapidamente substituídos.
Vamos contar uma pequena história. Imaginai que estais a conduzir um carro e que o mostrador do óleo começa a piscar. Dirigi-vos então até um posto e lá vos informam: “Não tem problema, vamos consertar rapidamente”. E eis que desatarraxam a lâmpada. Claro, o mostrador do óleo não piscará mais, mas vós sabeis muito bem, que a causa do problema não foi eliminada. E vós não estais evidentemente, de acordo. Mas quando o vosso corpo está doente ou tendes algumas dificuldades, percebeis que, na maior parte das vezes, vós não vos opondes a essa forma de agir? Sabemos muito bem que, na medicina oficial, suprime-se o órgão doente ou a parte cancerosa, mas fazendo isso, não se está tratando a causa.
Cuida-se simplesmente dos sintomas, o que é claramente insuficiente. Um tratamento de fundo faz-se necessário. Querer suprimir o que estorva equivale a só cuidar da lâmpada que pisca e ignorar porque ela pisca, e assim o problema continua a existir. Para voltar ao problema que nos preocupa, os Illuminati são só os sintomas de um problema que, de facto, encontra-se noutro lugar. Eles têm tanto poder porque servem-se de nós, o que é fácil, já que não assumimos as nossas responsabilidades e nos satisfazemos com a nossa indolência. O coração do problema está, pois, no mais íntimo de cada um de nós. Se não nos modificarmos e se não transmutarmos as nossas fraquezas, de nada servirá eliminar esses seres, pois logo virão outros que se encarregarão de nós, pois aceitamos ser manipulados.
Talvez no vosso meio existam alguns espertos que dizem poder contactar com a Sociedade Thule ou com aqueles que escreveram livros sobre os OVNIs para procurar os planos dos discos voadores? Eles poderiam então deixar a terra, mas como podemos saber o que lhes aconteceria noutros planetas? Ou então, alguns de entre vós são apaixonados pelo que acontece no interior da terra e gostariam, seguindo as pegadas de Hitler, procurar o reino de Agartha?
Outros ainda gostariam de retirar-se para as montanhas, para lá viverem em auto-subsistência, a fim de poder, lá do alto, abraçar com o olhar todo este drama. Alguns desejariam mesmo procurar, talvez, o auxílio na oração? A visão apresentada a seguir é profundamente do autor Jan Van Helsig e não deve ser tomada por ninguém. Jan Van Helsig pede que os leiam estas linhas com olhar crítico.
O que podemos empreender de positivo para rectificar o que foi corrompido no passado e para impedir que isso se reproduza no futuro?
Para responder a isso, é preciso que façamos a pergunta primordial sobre o sentido da vida.
É difícil encontrar um sentido para a nossa vida simplesmente na Alimentação, na bebida, no sono, no sexo e na posse. Muitos de entre nós já estão bem conscientes disso.
É de capital importância estar consciente de que no fim de nossa vida abandonaremos todas as coisas exteriores, incluindo o nosso corpo. Nus aqui chegamos, nus daqui partiremos. Isso significa que mesmo os discos voadores e a Energia Livre só podem tornar-nos parcialmente felizes, pois as viagens para outra galáxia, se nos for permitido mudar de lugar, serão viáveis mas não nos permitem entretanto mudar o corpo.
É relativamente de pouca importância que membros da Sociedade Vril tenham podido visitar outros planetas com discos voadores ou que os Estados Unidos puderam construir, graças à sua Tecnologia, a sua primeira base em Marte, isso já há mais de 30 anos. Esses seres humanos estão ligados à matéria; eles estão, assim dizendo, prisioneiros deles mesmos e não podem “abandonar a própria pele”.
Uma Tecnologia avançada não tornará mais amável um ser humano que só pensa em destruição, é mesmo até bem o contrário o que pode acontecer. Considerando a situação tal como ela se apresenta na terra hoje em dia, e os acontecimentos previstos por muitos profetas para a entrada no novo milénio, seria naturalmente ajuizado deixar simplesmente este “futuro lugar do terror” ou viajar com uma máquina para o futuro. Mas essas viagens são empreendidas há muito mais tempo do que imaginamos e não modificam em nada o interior do ser humano. Um ser com espírito destruidor continuará o mesmo se ele viajar no tempo, e manterá os mesmos pensamentos, os mesmos sentimentos, as mesmas motivações que antes.
Ele será, além disso, dependente da máquina. Se a máquina lhe for confiscada, ele encontrar-se-à com os mesmos pontos fracos que possuía antes, e na próxima dificuldade que se apresentar, precipitar-se-á para outra máquina, ou finalmente decidir-se-á a vencer o seu medo e encarar o seu problema de frente.
Viemos sem máquina para este mundo e partiremos dele da mesma forma. Chegamos à conclusão de que o ser humano deve atingir a perfeição e o seu inteiro desenvolvimento sem nenhuma máquina. É o caminho que permite alcançar a consciência: colher os conhecimentos, tornando-nos responsáveis, não dependendo de ninguém e não nos servindo de nenhum artifício material. É assim que evoluímos.
Um sábio exprimiu isso, da seguinte maneira:
É preciso ensinar os seres humanos a pescar e não dar-lhes o peixe.
Dar a alguém a solução de um problema – mesmo que ela se alegre com isso – deixa-lo-á na sua ignorância.
Deixando o corpo físico, nenhum ser humano levará consigo outra coisa a não ser as experiências e o saber que acumulou ao longo da vida, experiências que ficam registadas no seu campo magnético, a sua aura. Todos os médiuns ou clarividentes que possam ver a “aura” de uma pessoa ou ao menos interpretar dela as informações, pode nela ler as experiências pelas quais ela passou, o estado dos seus sentimentos e dos seus pensamentos. O clarividente não vê o carro que uma pessoa dirige, o dinheiro que ela tem ou o número de vezes que ela dormiu com tal pessoa, mas vê o que essa pessoa sentiu, o que ela pensou e como ela conseguiu chegar a ser o que é. Aquele que lê a aura pode conhecer o estado de espírito da pessoa e as suas intenções, pode saber se ela coloca o seu potencial ao serviço de outros ou se ela o guarda para si mesma.
Experiências e conhecimentos são as únicas coisas que levamos ao deixar o corpo. Se não temos mais corpo, o que importa ter tido uma grande casa ou belas roupas? O que conta, é o que sentimos e os motivos que nos impulsionam a agir como o fizemos.
Muitos de entre nós já se deram conta disso, mas encontram-se sempre desamparados em face à vida, porque não estão conscientes das suas leis, das suas causas e dos seus efeitos.
Imaginemos, por exemplo, que um Extraterrestre chega pela primeira vez a uma das nossas grandes cidades de carro e colide com um veículo no primeiro sinal vermelho. Os sinais vermelhos são para ele apenas como um jogo de luz sem importância no meio dos painéis publicitários. Nova colisão no segundo sinal vermelho: explicamos a ele sem perda de tempo, o significado dessas luzes e indicando com precisão que ele deve parar nos sinais vermelhos, pois é uma regra dos sinais de trânsito. Ele não provocará de agora em diante outros acidentes, pois saberá reconhecer os sinais vermelhos. Antes ele não podia, pois ignorava-o.
Acontece a mesma coisa com aquele que não sabe, mas verifica, por exemplo, que está doente. Tenho dor de cabeça, tomo pois um comprimido, e a dor desaparece. O mesmo acontece com o automobilista e o seu mostrador de óleo. O doente não vê a relação que existe entre ele e a sua doença, elimina simplesmente o sinal transmitido pelo seu corpo ao tomar um comprimido. Aquele que tem uma dor de cabeça passará pelo mesmo processo que o Extraterrestre até que se torne atento às “leis da vida”.
De quais leis se trata?
Qualquer astrónomo ou físico pode confirmar que vivemos num cosmos, que nós somos uma parte desse cosmos. Ireis objectar: “Sim, logicamente, qualquer criança sabe isso”. Bem, mas estais conscientes do que acabais de dizer? Kosmos, palavra grega, que significa ordem. Vivemos pois numa ordem e fazemos parte dela. Toda a ordem está submetida a leis, senão não seria uma ordem. Seria um chaos, palavra grega que significa desordem. Se conheço as leis espirituais da vida, poderei compreender e reconhecer as indicações e as mensagens que a vida me dá e agir em consequência disso.
As Leis
1. A Lei de Causalidade
Certamente ouvistes falar dessa lei contida em todas as narrativas espirituais de todas as religiões da terra: a lei de causa e efeito ou então aquela do provérbio colhemos o que semeamos ou ainda para os materialistas e os ateus quem semeia ventos colhe tempestades. Se semearmos a destruição, colheremos cólera e ódio. Se semearmos trigo, colheremos 100% desse trigo e não cevada. O cuidado e a atenção prestada para com a semeadura demonstrar-se-ão na qualidade da colheita, seja qual for a semente.
Voltemos para a parte mais importante, no meu parecer, do nosso assunto. É de capital importância saber-se que o cosmos assim como o nosso inconsciente são absolutamente sem preconceitos (nada é bom ou mau, positivo ou negativo, belo ou feio, de valor ou sem valor…). Essas designações somente são válidas para nós mesmos. O que é belo ou positivo para alguns não o é obrigatoriamente para outros. Citemos, por exemplo, os agricultores que, na nossa Sociedade, pertencem ao nível mais baixo da escala social. Poucos dizem, muitos pensam.
Já paramos para pensar de onde obteríamos a nossa subsistência, se só existissem os burocratas na nossa terra e nenhum camponês? Tomemos, por exemplo, um condutor de um Ferrari, que olha com ar de desprezo os operários que trabalham nas equipas noturnas das fábricas. São justamente eles que fabricam os Ferrari e permitem a outros conduzirem-nos! E quanto ao trabalho de limpeza, existem tantas mulheres que não querem rebaixar-se a fazer esse trabalho desagradável nas suas casas e que descarregam tudo sobre “a empregada”!
Em que estado estariam as nossas casas, se ninguém assumisse um mínimo de limpeza?
Quem pode dizer que aquilo com o qual alguém se regala não constitui o desgosto para outrem? Uma planta também pode ser considerada como um medicamento para o homeopata ou herborista ou uma erva daninha para o jardineiro e que ele logo trata de arrancá-la. E as aranhas, para muitos de nós, são “horríveis”; esmagam-nas de imediato, mas ao mesmo tempo estes queixam-se de serem molestados por moscas… Naturalmente estas não serão mais apanhadas pelas teias das aranhas, pois as aranhas não estarão mais ali para tecer as suas teias!
Está claro que a apreciação de bom ou mau, de precioso ou sem valor é pois, a bem dizer, injustificável e é no máximo a expressão da nossa subjetividade.
Isso torna-se mais evidente quando pensamos na energia. A energia é sem valor. Depende de nós para que ela se torne positiva ou negativa, isto é, que a utilizemos para fins construtivos ou destrutivos. Isto significa que aquilo que desejarmos obteremos, o que é legítimo. A criação deu-nos o livre arbítrio para que possamos experimentar a vida em toda a sua plenitude. A vida não nos ordena a experimentar somente o que é agradável e belo. Somos absolutamente livres para experimentar o que desejamos. Resta provar que continuamos a desejar o que desejamos quando o obtivermos… Pelo menos temos a livre escolha. (Merlin: “Pensa bem naquilo que pedes, pois isso poderá ser-te concedido” ou Göethe: “Ele não pode desenvencilhar-se dos espíritos que ele mesmo chamou”).
Um exemplo: tendes certo pensamento, e quanto mais o mantendes na cabeça, mais o reforçais. Uma consequência resultará disso: seja qual for esse pensamento, ele realizar-se-á um dia na vossa vida.
Explicar-me-ei: vós sentis medo de ser, por exemplo, de um dia ser violentado ou então que a polícia vos prenda quando estiverdes um pouco embriagado. Ou então despertais uma manhã a pensar num projecto e dizeis: “Ora, ora, é claro que isso não vai dar certo!”
A energia gerada por esse pensamento é uma ordem tanto para o vosso inconsciente como para o cosmos, e ela será 100% levada em conta. Podemos comparar o cosmos com um grande computador que funciona segundo leis perfeitas. Vós o programais com os vossos pensamentos (input), e ele imprimirá o que está programado (output). O vosso inconsciente não sabe o que seja o medo, ele não faz diferença entre o que é positivo ou negativo. Vós dais a ele uma energia, uma ordem, e ele trabalhará com aquilo que receber. Recebereis, então, por sua vez, aquilo que receais. O vosso projecto vai malograr. Da mesma forma, se lançardes longamente e com muita intensidade um pensamento de violência, sereis violentados. Nunca deveis dizer após um golpe: “Veja, eu sabia que isso acabaria mal!” Sim, vós o sabeis ou mais exactamente, sereis o único a sabê-lo!
Segundo o ditado: A cada um segundo a sua crença, sois os autores dos vossos pensamentos e dos vossos sentimentos e sois vós que lhes dais vida. Aquilo que pensais e sentis depende, portanto, somente de vós e se manifestará mais cedo ou mais tarde na vossa vida.
2. A Lei de Analogia (O que está em baixo é igual ao que está em cima)
Hermes Trismegistos (Hermes, o Três Vezes Grande) é o nome grego para o deus egípcio Toth, que redigiu os “escritos herméticos” os quais contêm uma doutrina gnóstica do nascimento do mundo e da Redenção. Ele foi tido durante um tempo como o maior mago que podia permitir a outros alcançarem o inacessível acesso aos tesouros e aos recipientes (de onde provém a expressão de fechadura hermética).
Ele ensinava a lei hermética “o que está em baixo é igual ao que está em cima; e o que está em cima é como o que está em baixo, para realizar as maravilhas de uma única coisa”.
Alguns conhecem a sentença: “Sobre a terra como no Céu”.
As mesmas leis regem o macrocosmo assim como também o microcosmo.
Um exemplo: o elemento de menor constituição que conhecemos na matéria física é o átomo. O átomo compõe-se principalmente de protões, de neutrões e de electrões. Protões e neutrões formam juntos o núcleo do átomo. É a velocidade incrivelmente rápida dos electrões ao redor do núcleo que cria o envoltório. O todo é mantido por uma força electromagnética.
A diferença entre os átomos nasce do número de electrões e de protões. Existem 105 elementos fundamentais e cada um deles só existe porque oferece um número diferente de electrões e de protões. Tomemos o núcleo de um átomo de água e ampliemo-lo para o tamanho de uma bola de berlinde; o seu único electrão será então afastado do núcleo de mais ou menos 400 m. Isto demonstra que o átomo é constituído quase somente de um vazio e que a matéria em si é muito volátil.
Visto por esse ângulo, um bloco de chumbo é constituído quase que de intervalos ao redor dos quais giram as partículas atómicas. Todas as proporções mantidas, as distâncias entre as pequenas partículas sólidas correspondem à distância dos planetas entre si no nosso sistema solar. Assim também os intervalos entre os astros correspondem aos intervalos entre as gamas.
Uma fotografia do núcleo do átomo (que mede um picómetro) corresponde à fotografia da terra tomada a 1 milhão de quilómetros e da Via Láctea tomada a 10 milhões de anos-luz.
O campo magnético humano girando sobre si mesmo tem exactamente o aspecto da nossa Galáxia girando sobre si mesma (Geo Wissen, edição n.º 2, 1990, «Chaos und Kreativitdt» mostra belíssimas fotos dos exemplos acima citados).
Assim como o leitor pode verificar, tudo é construído segundo um sistema perfeito que não é forçosamente reconhecível à primeira vista, mas que se torna evidente se o observarmos mais de perto. A própria vida está submetida, assim como o microcosmo e o macrocosmo, a leis perfeitas. Encontramos essas leis por toda a parte no nosso sistema solar, nas células do sangue, na electricidade e no magnetismo. E como a matéria é mantida e determinada por forças electromagnéticas, nós, os seres humanos, que também somos matéria, estamos submetidos a essas leis, como aquelas, por exemplo, de atracção e de repulsão.
Em «Schicksal als Chance» («O Destino como Oportunidade») de Thorwald Dethlefsen, podemos ler:
“A lei de analogia (“o que está em baixo é igual ao que está em cima”) só tem fundamento se estivermos prontos para reconhecer o Universo como um cosmos. Essas são as leis que determinam que num cosmos, não existe lugar para os acasos.”
“O acaso, como evento imprevisível e não conforme a lei, transformaria todo o cosmos num caos.”
“Quando construímos um computador, este representa em si um pequeno cosmos. Ele é construído segundo leis, o seu funcionamento depende da aplicação dessas leis. Se soldarmos voluntariamente nas suas conexões alguns transistores, condensadores ou resistências que não fazem parte do esquema de conexão concebido segundo uma lei precisa, esses elementos representativos do “acaso” transformariam todo o cosmos em caos, e o computador não funcionaria mais como deveria. Acontece a mesma coisa com o nosso mundo, que cessaria de existir ao primeiro acontecimento que surgisse por acaso.”
“Por exemplo: quando deixamos cair uma pedra de certa altura, ela não cai por acaso, mas segundo uma lei. Se na queda, ela cair sobre a cabeça do sr. X, não é por acaso, mas é obedecendo a uma lei que a pedra irá chocar-se com a sua cabeça. Nada é devido ao acaso, nem o facto que o sr. X tenha sido apanhado por essa pedra, nem o momento no qual isso aconteceu…”
Não vos espanta de que uma estrela não saia jamais “por acaso” da sua órbita, que uma célula sanguínea não siga na contracorrente da circulação sanguínea ou que uma flor de verão não floresça nunca, por acaso, no inverno? Já ouviram falar que um electrão tenha saído por acaso da órbita que ele descreveu ao redor do núcleo do átomo?
Toda a matéria é composta de 105 elementos fundamentais, formados, também eles, de neutrões, de protões e de electrões, cujos movimentos são absolutamente perfeitos e rítmicos.
Assim, porque somente o ser humano deveria ser exposto aos “acasos”, enquanto que toda a vida em nós e ao nosso redor está submetida a um ritmo regular?
O acaso não existe! Existe uma lei para cada acontecimento. Certamente, nós nem sempre reconhecemos essa lei à primeira vista. Mas isso não nos autoriza a negar a sua existência. As pedras já caíam muito antes de conhecermos a lei da gravidade.
O ser humano é a cópia fiel do Universo macrocósmico.
Por isso, está escrito no alto do oráculo de Delfos:
“Homem, conhece-te a ti mesmo, então conhecerás Deus!”
3. A Lei de Ressonância
O ser humano está submetido à lei de ressonância assim como um diapasão ou um rádio receptor.
Um receptor regulado para captar ondas curtas não pode receber ondas médias nem ondas longas. Com o ser humano, é a mesma coisa. Uma pessoa agressiva ou cheia de ódio não é receptível ao amor.
Cada um só pode perceber, de todos os aspectos da realidade, somente aqueles com os quais ele está em ressonância: Cada um só vê o que quer ver.
Um exemplo: estais lendo um livro. Cinco anos mais tarde, tornareis a lê-lo e nele descobrireis outras coisas. Por quê? Porque evoluíste! O vosso horizonte, a vossa maneira de ver mudaram. Tendes uma maneira de ver diferente agora.
Os seres humanos sentem também a aspiração de ser como as pessoas que lhes são semelhantes. Semelhante atrai semelhante. E verificais que se estais de mau humor ou mesmo contrariado, o vosso ambiente irá servir de pretexto para enervar-vos. Tomemos alguém que reclama constantemente de tudo. Ele encontrará sempre motivo para ser contrariado. Ao contrário, a vida une sempre pessoas amáveis a todos os que são felizes de viver e acham as outras pessoas interessantes e belas.
Ainda um exemplo: um ser humano que encontra sempre motivo para reclamar, exclamando: Aquele lá é um idiota, este aqui é um malogrado, é de desgostar-se de tudo! e que vê tudo negro; ele demonstrar-vos-á isso pelo olhar maldoso e o trejeito da sua boca.
Ninguém dirá que ele é amável ou que tem coração. Não é agradável estar na sua companhia, as pessoas recém-chegadas e sensíveis logo se esquivarão. Entretanto, ele assim mesmo encontrará pessoas que pensam como ele, que o reforçarão nas suas convicções. Semelhante atrai semelhante.
Ao contrário, uma pessoa devotada que sabe ser agradável, onde quer que ela esteja, cria uma boa atmosfera em qualquer lugar que se encontre. Ademais, ela sabe sorrir e partilhar do que possui. Terá ao seu redor pessoas alegres, agradáveis e será frequentemente convidada pois ela sabe dar. Semelhante atrai semelhante.
Essa frase não comporta nenhum julgamento de valor. Não é nem bem nem mal. O reclamante e o jovial recebem de volta o que dão. Isso poderá arrastá-los para bem longe, cada qual por um caminho diferente. A situação do reclamante, preso num círculo infernal, vai piorar; ao contrário, tudo será melhor para o jovial, que continuará a expandir-se. A bondade que impregna o seu ser e que não é fingida atrairá para eles seres que se assemelham a ele, que lhe testemunharão essa bondade que ele soube repartir. E se acontecer um dia ele perder o sorriso, os seus amigos suavizarão a sua dor e comunicar-lhe-ão um pouco dessa alegria que sempre receberam dele.
Quanto àquele que reclama, o seu futuro não se apresenta com bons prognósticos! O esforço de tornar a sua esposa ou o seu patrão responsáveis pela vida difícil que ele leva, ele nada vê a não ser a causa do seu problema que é dele e não dos outros. Ninguém o obriga a manter um mau emprego. A época da escravidão felizmente terminou. Ninguém o obriga a ficar com a sua esposa, a discutir com ela, a viver um inferno. Entre os seis biliões de seres humanos sobre a nossa terra, existem chances, e ele poderá conquistar uma que o faça feliz! Mas se ele quiser viver num bom entendimento com ela, é preciso que compreenda a causa do seu problema e que possa agir de acordo com essa compreensão. A partir do momento em que ele se modificar interiormente (fizer uma reforma íntima), tudo que o rodeia modificar-se-á bem depressa. Tem-se o hábito de dizer: Tudo o que nos rodeia nos devolve ao nosso próprio reflexo.
Os que nos cercam oferecem-nos sempre aquilo que irradiamos. Se minto, mentirão a mim também. Se tenho medo, serei confrontado com os meus medos. Se sou beligerante, serei constantemente envolvido em conflitos. Se sou todo amor, atrairei o amor. Se vivo de alegria, encontrarei sempre motivo para alegrar-me. Se modifico o meu modo de ver, o que me rodeia também me retornará, assim como um espelho.
Sêde conscientes de que assistir diariamente a filmes de violência ou de terror (ou às actualidades) na televisão influencia fortemente a nossa vida.
Durante milénios, a violência dos nossos actos e a força destruidora dos nossos pensamentos libertaram enormes energias que continuamos a alimentar e que são atraídas também pelas sugestões negativas que fazem parte de nós (os filmes de violência por exemplo, fazem parte disso). Não são os grandes actos políticos, mas sim as pequenas faltas de amor na vida diária que são importantes. Da qualidade das nossas leituras, das nossas palavras, dos nossos actos depende a qualidade da nossa vida, o que geramos, pois a lei de ressonância funciona de forma irrefutável.
É a isso que Umberto Eco faz alusão na passagem do seu livro que citei na introdução:
“Se acredito em Satanás, estou em contacto com essa energia que se torna importante para mim e me encontrarei confortado no meu sistema de crenças. Se a isso não dou importância, essa energia não exercerá nenhuma acção sobre mim e não poderá influenciar-me. Ela só obedece à lei de ressonância. A cada um segundo a sua fé. É aqui que podemos aplicar a antologia: Por fora como por dentro.”
O corpo é o reflexo da alma. Se a desarmonia reina no mais íntimo de mim, ela será, então, visível também no meu corpo. Se estiver irritado, o meu corpo ressentir-se-á e me mostrará isso pela doença. Se estiver fora do meu eixo, isso se verá exteriormente, se estiver desalentado, isso se reconhecerá no meu aperto de mão, etc.
Todos os seres humanos têm o hábito de acusar o mundo exterior por tudo o que acontece e não deveria acontecer, quer dizer, por tudo o que não lhes convém! Nós aí encontramos todas as gamas de culpados, desde membros da família até o Governo, e com pretexto nas circunstâncias actuais, a Sociedade, mesmo os Illuminati e Satanás, que nós acusamos de todos os males, pois nós os responsabilizamos pelo nosso destino. E alguns escolhem até mesmo acusar a Deus.
Essa repartição das faltas não é mais possível a partir do momento que acreditamos nas leis cósmicas e espirituais que acabamos de estudar.
Essas leis provam que tudo o que existe e a forma como isso existe é a manifestação das causas que o ser humano provocou, ele mesmo. Pouco importa se isso diz respeito a um estado exterior ou interior, uma doença, um acidente ou à situação da nossa terra com os seus habitantes. Nós é que somos a causa e temos que responder a ela. Muitas pessoas irão retorquir: Mas em que isso me diz respeito? Eu só vivo neste planeta há 30 anos!
Outras perguntas também podem ser feitas: Porque fui maltratado ou violentado quando era criança? O que fiz para isso? Porque mereci?
Uma parte da resposta está contida na pergunta. Vós o merecestes. Foste vós que contribuístes com isso que denominais golpe de sorte, quer dizer, vós é que provocastes um dia essa causa da qual não vos recordais mais. Essa causa pode retroceder à primeira infância, à fase pré-natal ou a uma vida anterior. Não é porque não vos recordais que isso será o caso de não terdes outras vidas. A terra já era redonda bem antes que nós tivéssemos prova disso! Naquela época já haviam cientistas e especialistas que afirmavam que a terra era plana e chegavam a punir aqueles cujas opiniões eram divergentes.
A dificuldade reside no facto de que a maior parte dos seres humanos não se recorda das suas vidas anteriores, nas quais realizaram actos dos quais agora sofrem os efeitos.
A ignorância, entretanto, não nos coloca ao abrigo das consequências dos nossos actos passados! É tempo de dar-nos conta disso!
4. A Lei da Reencarnação
Os cristãos entre vós irão dizer que a doutrina da reencarnação não existe no ensinamento da Igreja. Eles têm razão, a doutrina da reencarnação não está mais contida hoje em dia na Bíblia.
Dir-vos-ei o porquê!
No ano de 553 d.C. o imperador romano Justiniano – notai bem que não eram as eminências eclesiásticas! – convocou o segundo sínodo de Constantinopla, onde foi redigido um edital que suprimiu a doutrina da reencarnação, se bem que Jesus atribuiu a essa doutrina uma grande importância. Em seguida a esse decreto, tudo o que fazia alusão a uma preexistência desapareceu da Bíblia, com excepção de algumas indicações apenas reconhecíveis.
Foi assim que privaram os primeiros cristãos do mais importante fundamento da Religião. O clero ensinou, para compensar, a ressurreição “da carne no último dia”. Que bela troca!
Pedimos aos cristãos fiéis à Bíblia para se esforçarem e verificarem por si mesmo informações sobre o Concílio de Constantinopla. Se vos aprofundardes nesse assunto, esforçai-vos para examinar também o Concílio de Nicéia em 375 d.C. A verdade será, talvez, dura de ouvir, mas vós aí encontrareis as provas de que o Novo Testamento foi modificado de forma drástica tanto na sua concepção como em relação ao ensinamento original de Jesus.
Consideremos mais de perto o assunto da reencarnação. Já verificamos no início deste capítulo, que vivemos na matéria, a qual é, por si mesma, submetida a lei da polaridade, e que o ritmo e a oscilação, que são a base de toda a vida, nascem da mudança constante entre dois pólos. Os “Sábios de Kybalion” já sabiam que nada está “em repouso”, que tudo está em movimento, que tudo é vibração, o que está confirmado pela Física moderna. A agulha de um pêndulo que oscila à direita oscilará com a mesma amplitude à esquerda. Encontramos esse ritmo por toda a parte: no inspirar que sucede inelutavelmente ao expirar. Assim como ao redor da vigília que sucede o sono e que o inverno é seguido pelo verão, que o alvorecer alterna com o pôr do sol… Encontramos dois pólos na electricidade e no magnetismo, duas energias nos humanos, feminina e masculina. Assim também, a morte sucede à vida, e a vida, sucede à morte. Como podeis ver esse ritmo está presente por toda a parte na vida, mas alguns que têm fé somente na Religião e outros que só acreditam na Ciência recusam o facto de que essas leis possam aplicar-se na vida. Vedes nisso a contradição?
Dethlefsen o exprime assim:
“Em todo o tempo denominaram essa mudança rítmica da alma através da vida e da morte de transmigração da alma ou reencarnação. Platão e Göethe sabiam-no. Digo que eles “sabiam-no”, não que eles “acreditavam”, pois trata-se de um conhecimento, não de uma crença. Todos são livres de não acreditarem, mas que se compreenda que a hipótese “sem” reencarnação toca ao absurdo, pois somente a doutrina da reencarnação está em harmonia com todas as leis do Universo (Schiksal als Chance, p. 200 e s.).”
Existem, é espantoso, muitas pessoas que se recordam das suas vidas anteriores, pelo menos, em parte. Sois talvez alguma dessas pessoas? Já não vos encontrastes num lugar o qual reconheceis sem nunca ter lá estado anteriormente? … Essa pequena loja na esquina da rua vos lembra… Tal experiência relaciona-se ao “saber”; vós o sabeis e não tendes, pois, nenhuma necessidade de “crer”.
A vida na matéria está submetida à polaridade. A própria vida esta dividida em dois mundos, aquele deste lado e aquele do Além. Morremos neste mundo, nascemos no outro, que experimentamos também como sendo real. Morremos no Além para renascermos neste mundo. Que aquele que possa desligar-se da subjectividade das aparências compreenda que nascimento e morte, este mundo aqui e o outro, não passam finalmente de dois lados da mesma moeda.
Acontece a mesma coisa com o sono quando o corpo da alma abandona o corpo físico. Naquilo que denominamos um sonho, experimentamos uma realidade totalmente diferente que, tem ela também, as suas dores, as suas tristezas, os seus medos, as suas alegrias…
Muitos recordam-se precisamente dos seus sonhos, enquanto outros afirmam que nunca sonham. A lembrança está ausente, entretanto, eles sonharam, o que se pode provar tecnicamente nos nossos dias. Ficamos contentes ao despertarmos, mas também gostamos de dormir, pois sabendo que após um bom sono, estaremos revigorados e bem dispostos. Não se pode dizer que seja positivo ou negativo estar acordado ou adormecido. Isso não depende de nenhum sistema de valor.
Transpomos isso em relação à morte, isso significa que todo o medo da morte é supérfluo, pois acontece a mesma coisa como no sono. Somente o lapso de tempo é importante demais para que possamos concebê-lo. A morte é, pois, o ponto culminante da vida, podemos repousar após a morte, antes de precipitar-nos noutra “aventura de uma vida com um corpo”.
Se não tiverdes nenhuma lembrança, perguntai então a uma pessoa que teve uma Near Death Experience (NDE – Experiência de Morte Clínica), e deixai que ela fale da sua forma de considerar a morte. Verificareis que mais de 90% das pessoas tiveram uma experiência positiva (agradável) que lhe tirou todo o medo, pois essa experiência pessoal deu-lhes a possibilidade de saber.
O desenvolvimento da nossa alma é um longo processo de aprendizagem e de realização pelo qual muitos, até mesmo inúmeros corpos serão necessários. O nosso verdadeiro eu não é o corpo físico, é a nossa alma, denominada corpo energético ou corpo de luz, que possui todas as lembranças e que é imperecível.
É esse corpo energético (a aura) que o clarividente vê, e de onde ele obtêm suas informações.
Esse processo de aprendizagem visa a que façamos a experiência da vida na sua totalidade; é um longo caminho com muitos erros e rectificações. As encarnações são comparáveis às classes de uma escola, cada uma com os seus deveres, os seus problemas, os seus testes, as suas dificuldades, os seus sucessos. Ao tempo de estudos sucede-se um tempo de férias, quando deve-se às vezes recuperar as lacunas e os conhecimentos mal assimilados, antes de passar para a classe superior. O que aprendemos determinará a classe na qual nos encontraremos. Se nada tivermos aprendido, devemos repetir. Se tivermos assimilado as lições, passaremos para a classe superior, onde nos aguardam novas provas mais difíceis. A vida tem uma paciência infinita connosco – contrariamente à escola! As almas têm sempre sem cessar as possibilidades para aprender o que elas ainda não sabem.
Em resposta à questão mencionada acima sobre o porquê do que nos acontece (porque sou aleijado, porque fui roubado?), Dethlefsen responde:
“Viver é aprender, independentemente do facto que o aceitemos ou não. A vida, segundo a lei que conhecemos, vigia com uma justiça absoluta para que cada um aprenda exactamente o que está mais ou menos pronto para aceitar ou então ao que ele se opõe com força. Ele teria às vezes motivos para duvidar sobre o sentido da vida se não tivesse como base a reencarnação. É evidente que os seres humanos não participam das mesmas vantagens na vida. Não é culpa da Sociedade. Mesmo se o analisarmos de um ponto de vista religioso ou ateu, isso é difícil de explicar para qualquer um o porquê, precisamente, alguém “no melhor dos mundos” nasceu surdo, paralítico, estropiado ou débil, sem equacionar a hipótese da reencarnação. Dizer que “os caminhos de Deus são impenetráveis” não auxilia ninguém a encontrar um sentido para a vida. E o ser humano não pode viver a sua vida sem lhe dar um sentido, senão será insuportável. Encontrar um sentido para a vida é uma necessidade fundamental! Somente quando o ser humano está pronto para não querer que esta vida seja única e quando reconhece que ela é um elo de uma antiga corrente é que aprenderá a alcançar o sentido e a justiça do “destino”. De facto, o destino de uma vida é o resultado do processo de aprendizagem de tudo o que se experimentou até então.”
5. A Lei de Compensação
Para tornar tudo isso ainda mais compreensível, introduzimos dois novos conceitos: os do Karma e do Dharma. A lei do Karma (em sânscrito: o que foi criado, o acto) é a lei de compensação que vela para que o ser humano seja confrontado com o seu problema enquanto ainda não o resolveu. Aí, cada pensamento, cada sentimento ou cada acção são imortais e retornam para nós tal qual um boomerang. O Karma exige do ser humano que ele assuma a inteira responsabilidade pelo seu destino. A maioria, na nossa época, recusa-o, é evidente. A rejeição da reencarnação é muito compreensível; os Illuminati, entre outros, instauraram e expandiram com muita ostentação teorias que parecem perfeitas, que se apoiam na Ciência, nas religiões ocidentais, referem-se aos trabalhos universitários, mas privam o ser humano da sua própria responsabilidade e jogam a culpa sobre a Sociedade, sobre os agentes patogénicos, sobre a influência de Satanás ou sobre o malfadado acaso.
Pela lei de compensação, recebe-se de retorno o que se gerou. Quem usou da violência a receberá de volta na mesma vida ou noutra seguinte. Um Adolf Hitler, um Joseph Stálin ou um Gengis Khan esgotarão o seu Karma como todo e qualquer ser humano sobre este planeta.
O Budismo pelo contrário, designa o Dharma como sendo todas as experiências construtivas e agradáveis acumuladas em numerosas vidas anteriores que contrabalançam o Karma. O Dharma são as faculdades, os talentos com os quais nascemos para assumir a nossa vida. O Dharma é sempre um pouco mais importante que o Karma, para permitir-nos que acabemos com as nossas dívidas Kármicas. Um suicídio é portanto uma fuga diante da tarefa que escolhemos para realizar nesta vida, antes de reencarnar. Encontraremos essa mesma tarefa noutra vida. Ninguém escapará desse processo. Cada um deve assumir as consequências dos seus actos, nem mais, nem menos.
Aquele que vê a aura (o corpo luminoso que envolve o corpo físico) pode ver o Karma e o Dharma. Ele não vê necessariamente o futuro, mas a vivência actual da pessoa, os actos que ela cometeu e pode predizer-lhe as consequências que decorrerão se ela não se modificar em nada. O destino é modificável. Absolutamente. A relação entre Karma e Dharma é modificada se cometermos actos que caminham no sentido construtivo, com mais amor.
Imaginemos um ser humano a trabalhar num campo de concentração numa vida anterior, onde, por ideologia, matou deficientes. Esse acto vai condicionar o seu Karma. Suponhamos que essa alma habite um novo corpo noutro país, numa época diferente. Um dia, ele consulta um clarividente: este vê os actos que ele cometeu na sua última vida e prediz-lhe, pois, um destino pesado, talvez até numa cadeira de rodas. É o que pode acontecer se ele continuar a viver como antes. Mas eis que ele decide conscientemente pagar o que ele cometeu e aceitar trabalhar num lar de deficientes. Essa decisão de passar a sua vida a fazer o bem com um amor desinteressado vai auxiliar a si mesmo e auxiliará evidentemente os deficientes. Ou, então, ele decide, conscientemente, modificar fundamentalmente o seu modo de pensar e de agir. O seu destino será modificado pelas suas novas decisões.
Segundo a lei de reencarnação, renascemos em múltiplos corpos que são, cada vez, perfeitamente adaptados para permitir-nos ultrapassar as provas específicas que são o nosso quinhão. Somos encarnados às vezes entre os negros, os judeus, os cristãos, os satanistas, ou então nas famílias ricas ou pobres, num corpo seja de mulher, de homem ou de homossexual, às vezes mesmo como assassino, vítima, etc. A fim de viver todas as experiências que a vida oferece. Não há sentido julgar alguém pela cor da pele, pela sua crença ou pela sua origem pois cada um de nós passou ou passará, pelo menos uma vez, por todas essas diferentes experiências.
Podeis ver que, pela doutrina da reencarnação, julgar, odiar o seu próximo ou provocar Guerras é algo absolutamente débil. Se fui mercador de escravos numa vida, um dia deverei aceitar ter um papel de escravo para compreender o que sentiam os meus escravos, quando os açoitava com o meu chicote. A lei da reencarnação é absolutamente equitativa, é o único princípio de uma lógica e de uma justiça perfeita. Um boomerang volta com a mesma força com o qual foi lançado. Se me puser a gritar numa floresta, ouvirei o eco do meu grito que voltará para mim exactamente com a mesma intensidade. Se for brutal, ser-me-á dado a receber, por minha vez, essa brutalidade. Se for avaro, vivendo às custas dos outros e guardando egoisticamente o que é meu, farei então a experiência de uma vida na qual me faltará dinheiro. Se roubei dos homens as suas mulheres, saberei mais tarde o que custa ser enganado. Todas as ocasiões nos serão dadas para viver com a mesma intensidade o que infligimos aos outros.
Encontramos por toda a parte na natureza, essa lei de compensação, na Física, na Química, à nossa volta, no nosso corpo. Se, por exemplo, faço o meu corpo absorver toxinas (pelas drogas, pelo álcool ou pelo fumo) ele reagirá como consequência. e somente eu sou o responsável do que lhe fiz ingerir. Se tivesse como meta levar uma vida construtiva, reconhecendo que o amor e a bondade são leis superiores, terei o meu pagamento em retorno. É a razão pela qual é dito que se reconhece o ser humano pelos seus frutos.
Examinai agora o vosso próprio sistema de crenças. As vossas crenças, o vosso sentimento e a vossa realidade repousam sobre uma experiência pessoal ou então só fazeis reproduzir a opinião dos outros ou o espírito da época?
Nunca tivestes uma experiência pessoal decisiva, uma visão (talvez na infância), nunca ouviste vozes, sonhando com o que iria acontecer-vos mais tarde, ou do vosso passado; nunca tiveste uma experiência de morte clínica (NDE), uma viagem astral; jamais tiveste um pressentimento, vivido uma cura espontânea; nunca uma comunicação telepática; nunca viste, quando criança, seres elementais (evidente sem o auxílio de drogas ou de outros meios)?
Se direis que sim, então tereis uma boa razão para considerar o que está a acontecer. A maior parte dos seres humanos não têm nenhuma experiência pessoal, mas eles não se preocupam em verificar se aquilo em que acreditam é exacto e se é bom que mantenham as suas crenças.
O adágio “nunca é tarde” aplica-se bem a essas pessoas. Testai as vossas crenças. Estais seguros que elas vos auxiliam? Se obtiverdes confirmação do vosso sistema de crenças, felicito-vos, pois, desde então, possuíreis um saber e não mais uma crença.
Se, ao contrário, vós vos chocais com contradições, sabereis mais coisas, notadamente o que não quereis mais viver. Isso vos permitirá abrir-vos a novas ideias. Pouco importa a maneira pela qual procedeis, agireis em consequência. A pior das coisas é a de não fazer nada.
Existem métodos diferentes que fazem reviver lembranças passadas, mas a prudência é obrigatória! A hipnose é desaconselhada: é uma intrusão forçada na vida. É preferível fazer uma regressão para uma vida anterior estando totalmente consciente. Ainda é preciso ser claro na vossa motivação. Trata-se de pura curiosidade? Ou tereis uma boa razão para investigar o vosso passado? É preciso nada forçar. Para a maioria de nós, é preferível não conhecer o nosso passado, isso poderia criar bloqueios e impedir-nos de tomar certas decisões. A natureza faz bem as coisas, criando precisamente esse “mecanismo do esquecimento”. Se nos recordássemos das nossas centenas – às vezes, mesmo, milhares de vidas – e de mortes correspondentes, teríamos dificuldade de viver conscientemente esta vida e de alcançar dela todas as oportunidades para evoluir.
Se devido a uma deficiência ou a uma grave doença desejais conhecer a origem disso (ou então se tiverdes outro motivo, que para vós é de muito valor para fazer essa experiência), tereis a possibilidade de fazer uma regressão, consciente ou, o que a meu ver, é preferível, podeis pedir com muita fé uma resposta: “pedi e recebereis”: se isso for bom para vós, tereis uma resposta. Pedi o que será melhor para vós e vereis o que acontecerá. Isso corresponde ao que os cristãos dizem: “Que seja feita a tua vontade”. Para muitas pessoas, é certamente preferível que elas não conheçam a origem dos seus males. Elas poderiam ficar perturbadas, o que tornaria a sua vida ainda mais difícil, pois nem todos os seres humanos são forçosamente capazes de compreender a pura verdade. Mas pode ser que um clarividente se encontre “sobre o vosso caminho” e que ele vos conte espontaneamente e naturalmente o que ele vê. Esse método fez as suas provas milhões de vezes e não é perigoso.
Se deveis lembrar-vos um dia das vossas vidas, como é o caso para mim e uma quantidade de outras pessoas, alcançareis o fio condutor que vos liga, sabereis por que escolheste viver sobre este planeta, neste século, nesta família, nessas circunstâncias, com esse corpo e tal nome.
Dizemo-vos ainda uma vez. Não importa conhecer as vossas vidas! Vivamos em amor, verdade e justiça a cada instante da nossa vida, é o que podemos fazer de melhor para compensar o mal que tivermos causado. Se uma pessoa já tiver purgado uma grande parte do seu Karma e viver positivamente, que ela preste atenção para não deixar-se levar para outra direcção. Ao utilizar o máximo as virtudes que ela possui, ela acelera o processo que a libertará da “roda do renascimento”.
Como podeis ver, não é sempre importante conhecer o próprio passado. Qualquer que ele seja, é o presente que é decisivo. O que nos faz evoluir hoje em dia, é a aplicação dessa lei superior bem conhecida do amor desinteressado, de viver em verdade, de ser um ser humano justo, mantendo um equilíbrio entre a razão e a afectividade.
Alguns vão sentir-se desorientados ao perguntar-se como devem fazer. Um saber ancestral traz uma resposta perfeitamente adequada: a regra de ouro!
Não faças aos outros o que não queres que te façam!
No Cristianismo: “Faz primeiro aos outros o que queres que te façam.”
No Judaísmo: “Não inflijas aos outros o que não queres que te inflijam.”
No Islamismo: “Aquele que não testemunha ao seu irmão, aquilo que ele gostaria que lhe testemunhassem, não é verdadeiro crente.”
No Hinduísmo: “Não imponhas ao teu vizinho o que não queres ter de suportar dele.”
No Budismo: “Testemunha aos outros do mesmo amor, da mesma bondade e da mesma misericórdia do que gostarias ser o objecto.”
No Jainismo: “Deveríamos tratar os outros como a nós mesmos, seja na alegria e na felicidade ou na dor e na tristeza.”
No Parsismo: “Aquele que não impõem aos outros aquilo que não é bom para si, este é nobre e luminoso.”
No Confucionismo: “Conduz-te para com os outros como gostarias que eles se conduzissem contigo.”
No Taoísmo: “Considera a felicidade e a tristeza do teu próximo como se elas fossem tuas e esforça-te para contribuir para o seu bem como para o teu.”
Desejais que se minta para vós, que vos roubem ou que vos insultem? Não? Então não ajais assim com o vosso semelhante. Quantas pequenas mentiras nós pronunciamos diariamente! Sejamos honestos, reconheçamos a verdade!
Dito de outra forma, se vos alegrais quando vos dão um presente, que venham visitar-nos, começai por agir da mesma forma com os outros e vereis que a vossa vida se modificará pouco a pouco. Se não tiverdes coragem no início, visualizai a vós mesmos estando a caminho de realizar esses actos. Muitas coisas se modificarão na vossa vida. A visualização criativa pode ser-vos de grande auxílio!
Quer sejamos muçulmanos, cristãos, Testemunhas de Jeová ou ateus, é possível viver em amor. O amor desinteressado não tem preconceitos, não está preso a uma organização, a uma Igreja ou a uma raça. Está ao alcance de todos, e, além de tudo, é gratuito. Naturalmente, não é fácil a princípio. Mas a maioria sair-se-á bem ao manifestar esse amor desinteressado ao menos alguns minutos por dia no início. Sabeis bem que “o aprendiz se torna mestre”.
Não se pode medir o amor por meio de instrumentos, sabeis isso muito bem. Não é provável, entretanto não é menos real. Seria absurdo afirmar que o amor não existe porque não podemos prová-lo. Aquele que conhece o amor, sabe que ele existe e não há necessidade de provar. É a mesma coisa para a reencarnação. Seria absurdo negá-la: centenas de milhares de seres humanos neste mundo tiveram uma experiência da morte (NDE), lembranças espontâneas, etc., que são para eles, igualmente provas irrefutáveis. É muito provável que chegaremos um dia a provar cientificamente que a reencarnação existe, mas, nem por isso, ela teria deixado de existir desde o princípio.
Fonte: Livro «As Sociedades Secretas e o seu Poder no Século XX» de Jan Van Helsig