Uma bactéria resistente a antibióticos, Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) tem sido a responsável um por um crescente número de contaminações no Brasil, inclusivamente algumas fatais, como nos revelam os seguintes artigos de imprensa:
Sobe para 135 o número de casos de superbactéria no Distrito Federal. Desse total, 48 pacientes estão internados; 15 mortes relacionadas à infecção foram confirmadas
BRASÍLIA – O número de casos suspeitos de contaminação pela bactéria resistente a antibióticos Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) no Distrito Federal subiu de 108 para 135. Desse total, 48 pacientes permanecem internados em 16 hospitais, dos quais nove são públicos e sete, privados. A informação é da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
A Gerência de Investigação e Prevenção das Infecções da secretaria, responsável pelo levantamento da situação nos hospitais, confirmou 15 mortes relacionadas com a infecção. Havia a suspeita de que 18 óbitos tivessem sido provocados pela bactéria, mas a secretaria informou que três foram descartados.
No Hospital de Base de Brasília (HBB), há 23 casos de KPC. As pessoas que desenvolveram a infecção são doentes graves da terapia intensiva, da neurocirurgia ou politraumatizados.
Segundo o director do HBB, Carlos Schmin, foi preciso fazer uma reestruturação no hospital para dar maior segurança aos internados. “Estamos fazendo um esforço para controlar o contágio pela bactéria. Dividimos o prédio em quatro alas, uma para pessoas que tiveram contatco com pacientes com KPC, outra para pacientes com quadro infeccioso, a terceira para portadores e a última para quem chega ao hospital”, enumerou.
Segundo o diretor, essa superbactéria, que surgiu no ano 2000 nos Estados Unidos, é hoje uma preocupação mundial. De acordo com ele, o micro-organismo está presente tanto em hospitais públicos como privados, em vários Estados brasileiros. “O Pronto-Socorro do Hospital de Base recebe diariamente de 6 mil a 7 mil pessoas, o que aumenta o risco. Temos reforçado o cuidado com a higienização e impedido o contacto com pacientes suspeitos para evitar novos contágios”, afirmou.
Fonte: Estadao.com.br