A supressão da Energia Livre é uma teoria da conspiração que afirma haver evidentes descobertas científicas que poderiam tornar possível obter energia de graça, mas que estas são continuamente ignoradas e suprimidas por alguns interesses, forças ocultas ou governos, beneficiando empresas de transformação de energia, principalmente, as produtoras de combustíveis fósseis (petróleo , carvão e gás natural).
Geralmente, a Energia Livre é usada para se referir a supostas tecnologias transformadoras que têm o potencial de reduzir drasticamente os custos com energia, com relativamente pouco investimento de capital.
Ao longo dos anos, têm havido numerosas alegações acerca da criação de modos de obtenção de Energia Livre. Um bom exemplo é o de Stanley Allen Meyer que criou e patenteou um processo que permitiria fazer os motores de combustão interna funcionar com água, através de um dispositivo a que apelidou de «Water Fuel Cell» (Célula de Combustível de Água, tradução livre).
Numa corrente de potência alternada, a voltagem e a corrente podem ser manipuladas de modo a não haver Watts (não havendo assim registo do consumo). As primeiras ferramentas de medição podiam ser ludibriadas por dispositivos com fase alternada, esta artimanha foi descoberta e inutilizada a meio do Século XX.
Dispositivos com estas capacidades surgem de tempos a tempos, mas tanto quem os vende como quem os utiliza corre o risco de ser levado a tribunal pelas agências reguladoras. [1]
Alguns mecanismos de energia gratuita implicam que é possível criar movimento perpétuo, o que entra em conflito com as leis da física, da conservação de energia, que enunciam que a energia pode mudar de forma mas não pode ser criada nem destruída. Outros afirmam ter acesso a novas fontes ou fontes ocultas de energia, como a hipótese de Nikola Tesla baseada em diferenças potenciais ocorridas naturalmente, causadas por fotões a interagirem com a atmosfera terrestre a diferentes altitudes. A sua Torre de Wardenclyffe demonstrou que uma estrutura de dimensão suficiente ou, alternativamente, uma máquina capaz de vibrar electricamente a Terra o suficiente para recolher alguma energia útil, não seriam economicamente viáveis, no sentido estrito de economia.
Os fotões, no entanto, são uma fonte genuína de energia e são explorados através de paineis fotovoltaicos. De forma semelhante, a fusão a frio, apesar de não estar provada como impossível, não é aceite nem vista como potencialmente viável pela maior parte da comunidade científica. Os cépticos geralmente consideram todas as supostas descobertas e pesquisa de energia gratuita como pseudo-ciência. [2]
A alegada supressão (ou enfraquecimento) supõe-se existir há bastante tempo [3] e é causada por agências governamentais, grupos de pressão ou de interesse, inventores fraudolentos e/ou consumidores pouco exigentes. [4] Os grupos de interesse estarão supostamente associados à indústria de energia de origem fóssil ou nuclear, [5] [6] as quais seriam ameaçadas. [7] [8]
As suposições de supressão são, resumidamente:
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A suposição de que a comunidade científica tem controlado e suprimido a pesquisa de fontes de energia alternativa através de “peer reviews” (revisão feita por outros cientistas) [9] e pressão académica; [10]
- A suposição de que existem mecanismos capazes de extrair uma quantidade significante de energia útil de reservatórios não convencionais
de energia já existentes, tais como “zero-point energy” (vácuo quântico de energia do ponto zero) com custos reduzidos ou nulos mas que são suprimidos; [11] [12] [13] [14] -
A suposição de que existem versões mais eficientes de tecnologias de energia renovável (tais como as células solares [15] e os bio-fuels) e tecnologias de consumo eficiente (como os carros eléctricos [16]) e que são suprimidas.
Sabe-se no entanto que o gabinete americano de marcas e patentes tem uma comissão de nove membros que avalia as patentes pedidas de forma a proteger a ‘segurança nacional’. O propósito oculto deste comité é também encontrar e remover o acesso do público a patentes relacionados com a energia que poderiam ameaçar a indústria dos combustíveis fósseis e os monopólios de poder.
Alguns indivíduos que alegadamente foram vítimas de Censura, ameaças ou até morte são Thomas Henry Moray, [17] [18] Stanley Meyer [19] [20] [21] e Eugene Mallove. [22] [23]
A ter em conta é também o envolvimento, ao longo dos anos, de muitos cientistas e inventores que se têm esforçado para desenvolver Energia Livre sem recurso a combustíveis fósseis, capaz de gerar a electricidade que necessitamos actualmente, podendo dar resposta também a procuras energéticas superiores, em tempos vindouros.
Se estas energias pudessem ser desenvolvidas comercialmente, seriam produzidas com um custo relativamente baixo, o que significaria o fim da economia do petróleo e a existência de energia eléctrica disponível gratuitamente em todo o mundo desenvolvido e subdesenvolvido. Mas mais importante ainda: estas tecnologias seriam a solução para resolver outros problemas: a poluição e desgaste de recursos planetários.
NOTAS:
[1] «Seven men to appear in court as power theft bill hits R180m» (13 de Abril de 2013), The Herald, África do Sul.
[2] Vic Stenger (Dezembro de 2005). «Free Energy and Teleportation: Numbers Don’t Lie». Skeptical Briefs (Committee for Skeptical Inquiry). Arquivado do original (21 de Março de 2013).
[3] Tutt, Keith (2003). «The Scientist, The Madman, The Thief and Their Lightbulb: The Search for Free Energy». Simon & Schuster UK. ISBN 978-0684020907.
[4] Peter Lindemann (Junho e Julho de 2007). «Where in the World is all the Free Energy?». Nexus Magazine. Arquivado do original em 2001.
[5] Charles D. Jaco. «The Complete Idiot’s Guide to the Politics of Oil». Politics of Energy, pp 191 – 198. ISBN 978-1592571406.
[6] Richard A. Smith, «Interest Group Influence in the U. S. Congress». Legislative Studies Quarterly, Vol. 20, No. 1 (Fevereiro de 1995), pp. 89–139. doi: 10.2307/440151.
[7] Hambling, David (11 de Abril de 2002). «Flower power». The Guardian.
[8] Paul Ballonoff, «Energy: Ending the Never-Ending Crisis».
[9] Sarewitz (2002). «Public Failures in US Science Policy». p. 12.
[10] «Phenomenon Archives: Heavy Watergate, The War Against Cold Fusion». Channel One. (vídeo)
[11] Frissell, Bob (2002), «Nothing in this book is true, but it’s exactly how things are: Esoteric meaning of the monuments of Mars», Frog Ltd, ISBN 1-58394-067-7.
[12] Mad Macz (2002), «Internet Underground: The way of the hacker», PageFree Publishing, Inc. ISBN 1-930252-53-6.
[13] David Alison (1994), «Another free-energy cover-up?: The Dennis Lee Story», Nexus Magazine, (Junho e Julho de 1994)
[14] «Free Energy – A Reality Not a Conspiracy». (Vídeo)
[15] Aftergood, Steven (21 de Outubro de 2001). «Invention Secrecy Still Going Strong». Secrecy News. Federation of American Scientists.
[16] Dargis, Manohla. «‘Who Killed the Electric Car?’: Some Big Reasons the Electric Car Can’t Cross the Road» (28 de Junho de 2006), The New York Times.
[17] «Infinite Battery From Tom Bearden’s Website» (excerto do «Excalibur Briefing» de Tom Bearden).
[18] B. King, Moray (2005). «The Energy Machine of T. Henry Moray: Zero-Point Energy & Pulsed Plasma Physics». Adventures Unlimited Press. p. 13. ISBN 978-1931882422.
[19] Edwards, Tony (1 de Dezembro de 1996). «End of road for car that ran on Water». The Sunday Times (Times Newspapers Limited). p. 12. Arquivado do original em 12 de Março de 1996.
[20] Narciso, Dean (8 de Julho de 2008). «The Car that Ran on Water». The Columbus Dispatch.
[21] Ball, Philip (14 de Setembro de 2007). «Burning water and other myths». Nature News.
[22] «Eugene Mallove’s Open Letter to the World» com prefácio de Richard Hoagland e clarificação de Christy Frazier. PES Network.
[23] Smith, Greg (20 de Abril de 2012). «Schaffer accepts plea deal in Mallove murder trial». Norwich Bulletin.
Fonte: Wikipédia (en)
Artigo original: http://en.wikipedia.org/wiki/Free_energy_suppression
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