A 2 de Fevereiro de 1953 recebeu-se um SOS de um avião de transporte British York, que levava a bordo trinta e três passageiros e uma tripulação de seis homens, em direcção à Jamaica. O avião de transporte não se referia à sua posição ou à razão do seu pedido de socorro. Depois de duas semanas de buscas intensas, nenhuma indicação houve quanto à sorte do avião ou das suas vítimas. Uma comissão de inquérito da Real Força Aérea declarou que a causa era «indeterminada».
Um Constellation da Marinha Americana, com quarenta e duas pessoas a bordo, incluindo esposas e filhos do pessoal de serviço, desapareceu a noroeste das Bermudas em 30 de Outubro de 1954. Mais de cem aviões e barcos pesquisaram durante dias, mas não se encontrou rasto nem do grande Connie de quatro motores nem dos que nele viajavam. A Marinha não deu qualquer explicação para o desaparecimento.
Na noite de Sexta-Feira, 9 de Novembro de 1956, um bombardeiro bimotor P5M roncava nos céus, vindo de Hamilton, Bermudas. O aparelho era uma modificação do Martin Mariner conservando uma asa idêntica e a parte superior equipada com um detector magnético especial. Pouco depois de levantar voo, o avião transmitiu uma mensagem. Nada mais foi ouvido acerca do Martin P5M ou dos dez homens que iam a bordo. Um cargueiro liberiano que vogava naquela área informou ter visto, cerca das 21 horas, um avião a arder. Fizeram-se pesquisas nesta zona, mas sempre a mesma história – não havia sobreviventes, nem corpos, nem destroços.
Se bem que o incidente seguinte não tivesse ocorrido na área conhecida como o «Triângulo das Bermudas», sucedeu tão perto que merece que lhe prestemos atenção. Era numa terrível manhã de inverno, a 8 de Janeiro de 1962, quando a tripulação de terra puxou os calços das rodas do enorme avião-tanque KB-50, na Base Aérea de Langley, Virgínia, e o avião se preparou para levantar voo numa operação de abastecimento. O KB-50 era um modificação das últimas super-fortalezas construídas. Embora fossem considerados como aviões de reacção para reabastecimento no ar, eram ainda aviões a propulsão por hélice. Quando o aparelho alcançou o fim da pista, a torre de controlo deu ao piloto, major Robert Tawney, o OK para descolar. Pouco depois a torre recebeu um confuso sinal de socorro vindo do avião. Dentro de minutos foi organizada uma busca, mas nunca se encontrou rasto, nem do KB-50 nem dos oito homens da tripulação.
Fonte: Livro “O Mistério do Triângulo das Bermudas” de Richard Winer
Índice do Triângulo das Bermudas: https://paradigmas.online/?p=5039