Triângulo das Bermudas: navio Elizabeth

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Transatlântico
Transatlântico "Queen Elizabeth"

A 3 de Abril, menos de dois meses depois do grande transatlântico Queen Elizabeth I, agora chamado Seawise University, partir de Port Everglades, na sua última viagem, uma viagem maldita que acabou com a sua destruição por um misterioso incêndio no porto de Hong Kong, outro navio de casco negro, também chamado Elizabeth, saiu de Fort Everglades. Mas a sua partida não foi tornada pública. Os únicos a verem-no sair foram os estivadores que trabalhavam nas docas e os agentes do navio. Acabara de meter a bordo duas mil toneladas de fardos de desperdícios de papel destinados à Venezuela. O navio, transformado em barco de carga e com cento e noventa e um pés de comprimento, chamava-se Elizabeth e era propriedade da Orinoco Shipping Company de Paterson, Nova Jersey.

O Elizabeth era, para a sua idade e tamanho, um barco com bom andamento. Dois dias mais tarde, a 5 de Abril, os donos receberam uma mensagem onde eram informados que deixavam para trás as Bahamas e entravam em Windward Passage, essa faixa de água que separa o Haiti de Cuba. Foi a última mensagem recebida do Elizabeth. A 1 de Maio a guarda costeira de Miami recebeu um telegrama dos donos do barco informando que este devia encontrar-se na Venezuela. Uma busca feita desde as ilhas Bahamas, através das Índias Ocidentais, até à Venezuela não se revelou positiva, pois não se encontrou qualquer rasto do navio desaparecido.

Especulava-se afirmando que o velho e cansado barco de guerra se quebrara e afundara. Mas a sua carga era composta por fardos de papel prensado e estes poderiam flutuar durante dias. Um jornal bem enrolado pode flutuar durante horas. Se o Elizabeth na realidade se partiu, essa área devia estar cheia de fardos de papel flutuante, fardos que deviam ser avistados por outros barcos ou por aviões, pois o malfadado barco navegava ao longo da rota mais frequentada entre os Estados Unidos, a América Central e o Norte da América do Sul.

De acordo com a tradição marítima dá má sorte mudar-se o nome a um barco. Pode isso ter influído na sorte de dois cascos negros chamados Elizabeth, um, uma rainha, outro, um mendigo, que se fizeram ao mar de Port Everglades e entraram no Triângulo das Bermudas com o intervalo de sessenta dias um do outro, em 1971?

Fonte: Livro “O Mistério do Triângulo das Bermudas” de Richard Winer

Índice do Triângulo das Bermudas: https://paradigmas.online/?p=5039

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