Às 9 horas e 9 minutos de Quarta-Feira, 12 de Março de 1941, de um ponto algures a seiscentas milhas a leste de Jacksonville, na Florida, veio um S.O.S.: “Estamos a arrear escaleres… a tripulação abandona o navio.”
O navio foi identificado como sendo o Mahukona, que partira de Norfolk dois dias antes com três mil e duzentas toneladas de carvão destinadas ao Rio de Janeiro. Quatro navios que se encontravam nas imediações mudaram de rota e dirigiram-se a todo o vapor para o local do barco atingido. Eram os escaleres da guarda costeira, Bibb e Modoc, o navio de carga West Shipper e um navio de linha de Porto Rico, o Boriquen. Este último foi o primeiro a chegar à última posição dada pelo Mahukona. Não se encontraram nem destroços nem sobreviventes.
O Mahukona fora construído em 1919 pela Great Lakes Ship Building Corporation para a Matson Navigation Company. Fizera todo o serviço no Pacífico. Estivera na doca de 1928 até 1940, data em que foi remodelado por um preço de setenta e cinco mil dólares, e saiu para a East Coast para ser entregue à França. No entanto, depois da rendição da França à Alemanha, a Comissão Marítima cancelou a venda. Foi então vendido à Navebras, Inc., uma companhia brasileira, que lhe deu o nome de Santa Clara.
A 16 de Março o escaler Bibb informou ter encontrado destroços perto das Bermudas, que pareciam ser do Mahukona. Os destroços incluíam parte da cabina do convés, uma secção do mastro e dois coletes salva vidas, um com o nome do Mahukona e outro com o nome recentemente pintado do Santa Clara. Não havia sinal de salva vidas ou de qualquer um dos vinte e seis homens da tripulação. Poderia o barco ter sucumbido à chamada maldição do «Triângulo das Bermudas» ou teria sido a velha lenda do mar em que acreditam os marinheiros?
Fonte: Livro “O Mistério do Triângulo das Bermudas” de Richard Winer
Índice do Triângulo das Bermudas: https://paradigmas.online/?p=5039