De facto, os casos dos numerosos navios que desapareceram no “Triângulo das Bermudas” têm algo de fantástico. A escuna Home Sweet Home de sessenta e cinco pés de comprimento, de Filadélfia, devia passar o Inverno nas Caraíbas, em Janeiro de 1955. Depois de ter ancorado durante alguns dias nas Bermudas, a escuna fez-se ao mar em direcção a Antígua, do outro lado de um lençol de água de umas mil e duzentas milhas de largura, a que às vezes se chama Mar dos Sargaços. Era o dia 13 de Janeiro de 1955. Aparentemente nenhuma das sete pessoas que seguiam a bordo era supersticiosa quanto à ideia de navegar num dia treze. Eram 5 horas da manhã quando o navio se fez ao mar. A bordo seguia o dono, Ward Wheelock, administrador de uma companhia de publicidade de Filadélfia, a sua esposa, o seu filho Jan, Kent Willing, o empregado superior do Girard Trust Corn Exchange Bank de Filadélfia, e a sua mulher; Harry Darrel das Bermudas, capitão do barco, e o tripulante Miller Powell, também das Bermudas.
As tempestades que varreram a área nesse dia fizeram com que um grande número de barcos enviassem pedidos de socorro. A 27 de Janeiro, o Home Sweet Home não atracou em Antígua e começou-se a busca. Um B-29 da Força Aérea avistou um objecto estranho e não identificável flutuando a seiscentas e cinco milhas a sudeste das Bermudas. O escaler da guarda costeira Duane ouviu a informação do avião e pediu a sua posição. O piloto respondeu pelo rádio que o avião estava em dificuldades com o equipamento de navegação e que não podia dar a localização exacta. O piloto também afirmou que o objecto não identificado não era, seguramente, parte do iate perdido. O escaler, que nessa altura transportava já oito sobreviventes de um C-54 perdido, conseguiu aproximar-se da área, mas não conseguiu encontrar fosse o que fosse do objecto não identificável visto a flutuar na água, nem encontrou rasto do Home Sweet Home.
Fonte: Livro “O Mistério do Triângulo das Bermudas” de Richard Winer
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