Foi erigido grande aparato propagandístico para conduzir a população a vacinar-se contra a COVID-19 com o desiderato de se extinguir a putativa pandemia.
Mas no que se fundamenta a propaganda?
1 – Qual a verdadeira eficácia da vacina?
As grandes Companhias Farmacêuticas que desenvolveram vacinas para a COVID-19 apressaram-se a anunciar Taxas de Eficácia muito elevadas Pfizer, 95% [1]; Moderna, 94% [2]; Gamaleya, 90% [3]; Johnson & Jonhnson, 67% [4] e Astrazeneca, 67% [5].
Mas o que querem dizer estas Taxas?
O que as Taxas de Eficácia anunciadas pelas Companhias Farmacêuticas indicam é a Redução de Risco Relativo (RRR), que significa que numa população como a que participou nos ensaios, com uma Taxa de Ataque Cumulativa de COVID-19, durante um período de 3 meses de cerca de 1%, sem vacina, poderíamos esperar, uma Taxa de Ataque de 0,05% de pessoas vacinadas que testem positivo (exemplo segundo os 95% de RRR da Pfizer). [7]
Isso não significa que 95% da população vacinada contra a COVID-19 fique protegida, o que é um mal-entendido comum nas conclusões retiradas acerca da eficácia das vacinas. [7]
Outro das medidas utilizada e que deveria ter sido anunciada, é a Redução de Risco Absoluta (RRA), fundamental no caso da COVID-19 devido a tratar-se de uma putativa doença com uma prevalência muito baixa (e sazonalmente variável). Tendo em conta a RRA, as eficácias das vacinas são as seguintes: Pfizer, 0,84%; Moderna, 1,2%; Gamaleya, 0,93%; Jonhson & Johnson, 0,93% e Astrazeneca, 1,3%. [6]
Esta medida tende a ser ignorada, porque fornece uma impressão muito menos espetacular acerca da eficácia da vacina.
É importante que seja clarificado o que se entende por “Eficácia” das vacinas. Tanto ao nível dos indivíduos, como ao nível das populações.
2 – A Eficácia da Vacina refere-se ao quê?
Os ensaios clínicos das vacinas ainda estão a decorrer. Por exemplo, os da Pfizer só acabam em Janeiro de 2023 [8] e os da Moderna em Outubro de 2022. [9]
Atenção que se tratam das Fases 1, 2 e 3 no caso da Pfizer e da Fase 3 no caso da Moderna, fases que supostamente deveriam ser concluídas antes da aprovação do fármaco, conforme as normas estabelecidas. [10][11]
Os ensaios não coordenados da Fase 3 não satisfazem os requisitos de Saúde pública. [6]
As considerações sobre a eficácia baseiam-se em estudos que calculam a prevenção de infecção ligeira de COVID-19. Não foram concebidos para retirar conclusões acerca da prevenção de hospitalização, doença grave ou morte, ou acerca do potencial de transmissão. [6][11][12][16][17]
Ou seja, através dos estudos efectuados até ao momento, não se pode concluir se a vacina irá salvar vidas. [13]
Para se poder desenvolver políticas de saúde pública, precisa considerar-se todos os indicadores, como a segurança, os custos envolvidos, os riscos, a pertinência da inoculação tendo em conta a faixa etária, os grupos de risco, etc.
Nada disto foi feito até ao momento!
3 – O que muda com a vacina?
Têm sido várias as pessoas com responsabilidades ao nível da Saúde pública mundial a afirmar que a vacina não irá terminar com a pandemia nem ditará o fim das medidas de contenção. [14][15][18]
Admitindo-se que a vacina poderá não prevenir o contágio, permanece a premissa que justifica a manutenção das medidas de contenção, ficando em aberto a questão da pertinência da inoculação.
4 – Vacinar ou não vacinar: o que é mais arriscado?
Para o efeito, irei utilizar o exemplo da Pfizer que é aquela que apresenta uma RRR mais elevada (95%). O Número Necessário para Vacinar (NNV) da Pfizer é 119 pessoas. Ou seja, para se prevenir um caso de COVID-19, precisa vacinar-se 119 pessoas.
Com uma Infection Fatality Rate (IFR) estimada em cerca de 0,15% [20], vacinando-se 7.000.000 de portugueses (definido como o limiar para se atingir a imunidade de grupo), evitam-se cerca de 58.824 casos e consequentemente, 88 mortos.
Ou seja, segundo os dados fornecidos pelos ensaios da companhia que indica melhor eficácia, vacinando-se 70% da população portuguesa, salvam-se 88 pessoas.
Uma ressalva para o facto de que este número surge apenas se nos esquecermos que os ensaios das vacinas só prevêem manifestações ligeiras da doença, o que poderá significar que não salvam qualquer vida.
Agora falta referir a outra face da moeda: os riscos!
Em 14 de Maio do presente ano, o Infarmed publicou um relatório de Reacções Adversas (RAM) em Portugal relativa à vacina para a COVID-19 [21], numa altura em que apenas cerca de 15% da população estava vacinada (neste momento cifra-se em cerca de 18%). [22]
O relatório refere:
- 3212 reacções não-graves;
- 2418 reacções graves;
- 35 mortos.
Continuando com este ritmo, com 70% da população vacinada, irão falecer cerca de 163 pessoas directamente relacionadas com a inoculação: sensivelmente o dobro das vidas que se poderá salvar com a mais eficaz das vacinas.
É preciso ainda ter em atenção dois factores:
- Um relatório concluiu que só cerca de 1% das reacções adversas relativas à vacinação são reportadas; [19]
- Estou a desconsiderar os efeitos adversos a médio / longo prazo, que segundo muitos especialistas, serão muito superiores em quantidade e malefício. [23][24][25]
4 – Conclusão
O mais recente motivo avançado pela generalidade das pessoas para justificar a vacinação é a de que esta irá prevenir sintomas mais graves.
Como se pôde verificar pela leitura deste artigo, trata-se de mais uma confabulação servida às massas. [26]
A conclusão subjacente ao exposto neste artigo é chocante: a vacina mata mais do que salva!
5 – Glossário
- Redução de Risco Relativo (RRR): Taxa de Redução da Taxa de Casos dos Vacinados em relação aos Não-Vacinados. Calcula-se assim: 100 x ( 1 – Taxa de Ataque dos Vacinados / Taxa de Ataque dos não vacinados ).
- Redução do Risco Absoluto (RRA): Taxa de Redução de Casos na População. Calcula-se assim: ( Casos Não-Vacinados / População Não Vacinados ) – ( Casos Vacinados / População Vacinados).
- Taxa de Ataque: Número de pessoas que testam positivo à presença de SARS-CoV-2 a dividir pelo universo de pessoas testadas.
- Taxa de Ataque Cumulativa: O mesmo que o anterior, mas contabilizado ao longo de um período de tempo estabelecido.
- Número Necessário para Vacinar (NNV): Número necessário de pessoas vacinadas para prevenir um Caso de COVID-19. Calcula-se da seguinte forma: (1 – RRA) x 100.
- Infection Fatality Rate (IFR): Taxa de Mortalidade entre os Infectados (testados ou não). Calcula-se: Mortos / Infectados.
6 – Fontes:
[10] Step 3: Clinical Research. FDA. 1 de Abril de 2018.
[11] 4 Phases of Clinical Research Studies. UCB.
[13] Doshi, P. (2020). Will covid-19 vaccines save lives? Current trials aren’t designed to tell us.
[20] «Taxa de Mortalidade da COVID-19.» Paradigmas. 2 de Janeiro de 2021.
[24] «Uma Catástrofe COVID se AVIZINHA.» Rumble. 16 de Março de 2021.