A Vacina COVID-19 e as Vagas Subsequentes

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A Vacina COVID-19 e as Vagas Subsequentes: O Burro e a Cenoura
A Vacina COVID-19 e as Vagas Subsequentes: O Burro e a Cenoura

A vacina tem sido apontada como uma espécie de salvação para aquilo que foi vendido como sendo uma “Pandemia Mortífera“.

Numa altura em que se preparam planos de Vacinação, é importante referir os seguintes pontos:

1 – Evitar o Desamparo Adquirido

É conhecida a forma como funciona a psique humana no que diz respeito a passar por períodos de crise e dificuldades. Se houver um “locus” de controlo interno, ou seja, se o indivíduo acreditar ter em sua posse poder para resolver a situação, manter-se-á agregado e motivado psicologicamente. Está a passar por dificuldades, mas há uma esperança.

A existência de uma vacina que é apresentada como uma salvação para esta putativa crise constitui o amparo que permite que a população permaneça firme na execução das medidas impostas e assim o seu comportamento não se desagregue ou se torne disruptivo. A Sociedade e a Economia estão depauperar-se, mas pelo menos, algures no horizonte, com uma data mais ou menos fixada, está a solução.

A inexistência de um tal amparo, redundará num constructo que foi avançado pelos psicólogos Martin Seligman e Steven Maier em 1967, chamado “Desamparo Adquirido“. [1]

Obviamente isso é algo que precisava ser evitado.

A dicotomia medo / esperança foi sempre utilizada para controlar as massas. Várias religiões, sobretudo as monoteístas, conhecem bem este método.

2 – Será a Vacina uma salvação?

Que solução poderá constituir uma vacina para uma putativa pandemia que é alimentada pelo “Paradoxo dos Falsos Positivos” provocado pela testagem em massa? [2]

Que solução poderá constituir uma vacina numa população que apresenta forte imunidade para o SARS-CoV-2? [3]

Será que uma vacina irá “erradicar o vírus” como se ouve falar, quando temos o exemplo da Gripe que acontece anualmente, com uma prevalência e mortalidade que são alheias à vacina?

O próprio Tedros, director geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), já veio afirmar que a vacina não irá terminar a pandemia. [4]

Anthony Fauci, conselheiro de Estado norte-americano para a área da Saúde também já veio alertar para a necessidade de se prosseguir com as medidas aplicadas, apesar da vacina: máscaras, distanciamento social, etc. [5]

Que eficácia poderá ter uma vacina que parta das mesmas premissas falsas que alimentaram a percepção de uma pandemia?

3 – Eficácia da vacina

Tem sido animadoramente veiculado pela imprensa uma taxa de 90% de eficácia da vacina. [6]

Sem aprofundar muito acerca do estudo, analisemos o que isto quer dizer:

A análise avaliou 94 casos confirmados de COVID-19 num ensaio com 43.538 participantes. Destes, a Pfizer dividiu-os em dois grupos, vacinados e não-vacinados (grupo de controlo), e daí concluiu que a taxa da eficácia da vacina é de 90%.

94 em 43.538 perfaz 0,2% de prevalência da doença na população estudada. [7][8] Utilizando os 97% assumidos de Especificidade do PCR para a COVID-19, [9] dá uma taxa de 15 falsos positivos para cada verdadeiro positivo, ou seja, cerca de 93% de Falsos Positivos. Já sabemos onde foi a Pfizer buscar a sua taxa de eficácia.

De forma esperada, as acções da Pfizer escalaram após este anuncio. [12]

Na decorrência disto, e de forma muito elucidativa, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, vendeu boa parte das acções em sua posse, arrecadando 5,6 milhões de dólares. [11]

Ainda em relação à Pfizer, o Dr. Michael Yeadon, ex-vice-presidente e cientista chefe da empresa, veio a público afirmar que não havia necessidade de vacina, porque a pandemia já tinha acabado. [13]

Outra curiosidade digna de ser mencionada: Bill Gates, que ameaça tornar-se caso sério como profeta, já tinha anunciado previamente que a vacina da Pfizer seria a primeira a obter licença. [14]

Em Portugal, foi com alguma perplexidade que se recebeu a notícia de que os idosos, que constituem o verdadeiro grupo de risco, estarão no fim das prioridades para a vacinação. [10]

Mas essa decisão começa a fazer sentido à luz daquilo que temos vindo a abordar neste artigo. A vacina será ministrada prioritariamente àqueles abaixo dos 65 anos, que são precisamente aqueles a quem a putativa pandemia é inofensiva. Que melhor forma de forjar eficácia?

4 – As próximas vagas

De acordo com tudo o que tem sido abordado neste artigo, a percepção de eficácia da vacina vai depender de se continuar ou não a testar em massa.

Se se deixar de testar em massa, a percepção vai ser a de que a pandemia chegou ao seu final e como tal, a vacina teve o efeito desejado.

Se se continuar a testar em massa, irão continuar a surgir casos massivamente (a não ser que se reduzam os ciclos PCR de testagem).

Irá afirmar-se que a vacina não teve a eficácia desejada, mas que tal se deveu a ter havido pouco tempo para o seu desenvolvimento, sendo que a próxima versão, com mais tempo disponível, será muito mais eficaz. Continuará a apelar-se à população para que continue com as medidas impostas.

A cenoura continua colocada e o burro continua em andamento.

De esperança em esperança, a narrativa prossegue.

Sem recurso a futurologia, seria de optar pela maior probabilidade desta segunda hipótese.

P.S.: Este artigo não aborda os possíveis efeitos secundários da vacina.

Fontes:

[1] Seligman, M. E., & Maier, S. F. (1967). Failure to escape traumatic shock. Journal of Experimental Psychology, 74(1), 1–9. https://doi.org/10.1037/h0024514

[2] «Teste PCR: participação na Pandemia da COVID-19.» Paradigmas. 18 de Novembro de 2020.

[3] «População apresenta forte imunidade em relação ao SARS-CoV-2.» Paradigmas. 24 de Outubro de 2020.

[4] «WHO Chief Warns Vaccine Won’t End Covid-19 Pandemic As Moderna, Pfizer Announce Early Successes.» Forbes. 16 de Novembro de 2020.

[5] «Fauci cautions that a Covid-19 vaccine won’t eliminate the need for masks and public health measures.» CNN. 25 de Setembro de 2020.

[6] «Pfizer, BioNTech say Covid vaccine is more than 90% effective — ‘great day for science and humanity’.» CNBC. 9 de Novembro de 2020.

[7] Nem a Calculadora do BMJ (British Medical Journal) para o cálculo de resultados dos testes COVID-19 permite prevalências abaixo de 1%.

[8] Recorde-se que o Limite de Prevalência para que se tornasse aceitável testar em massa para a COVID-19 é 9,3%, número muito acima de 0,2%. Sabendo-se que quando se atravessa o Limite de Prevalência estabelecido, a taxa de positivos sobe de forma exponencial, já se poderá ter uma ideia do que isso significa:

Balayla, J., Lasry, A., Gil, Y., Volodarsky-Perel, A. (2020). Prevalence Threshold and Temporal Interpretation of Screening Tests: The Example of the SARS-CoV-2 (COVID-19) Pandemic. medRxiv. https://doi.org/10.1101/2020.05.17.20104927

[9] «Testes feitos aos jogadores da I Liga terão dado “falsos positivos”.» Observador. 23 de Maio de 2020.

[10] «Vacina: DGS quer que idosos fiquem no fim das prioridades.» Expresso. 26 de Novembro de 2020.

[11] «Pfizer’s CEO cashed out $5.6 million of stock after trumpeting its COVID-19 vaccine. That’s 30% of his total compensation last year.» Business Insider. 12 de Novembro de 2020.

[12] «BioNTech, Pfizer stocks skyrocket after COVID vaccine shows over 90% efficacy.» Business Today. 18 de Dezembro de 2020.

[13] «No need for vaccines, COVID pandemic is over, says Former Vice President of Pfizer.» National Herald. 27 de Novembro de 2020.

[14] «Previsão de Bill Gates confirmada: “Única vacina que poderá ter licença experimental até outubro será da Pfizer”». O Jornal Económico. 15 de Novembro de 2020.

2 COMENTÁRIOS

  1. A ilustração é ótima, os argumentos são falácias e idiotices que já trouxe ou facilitou a morte 206 mil brasileiros, hoje, e muitos mais nos EUA. Qualquer criança de quinta série sabe que se combate virus com vacina. Estes pseudos argumentos só prejudicam mais os desinformados.

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