Vacinas para a Covid-19 desenvolvidas com financiamento público

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Vacinas da Moderna e da AstraZeneca
Vacinas da Moderna e da AstraZeneca

O estudo mais ambicioso até à data sobre o financiamento que permitiu o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus, neste caso o da AstraZeneca, revela que a indústria farmacêutica suportou menos de 3% dos custos de investigação que a tornaram possível. A maioria dos 120 milhões de euros investidos veio do governo britânico (45 milhões) e da Comissão Europeia (30 milhões), enquanto o resto veio de centros de investigação e fundações (também estas financiadas com dinheiros públicos) que apoiam a investigação científica com financiamento público.

Esta prova de quão relevante tem sido o financiamento público dos medicamentos contra o coronavírus coloca de novo em cima da mesa a questão da libertação de patentes, para a qual 170 personalidades mundiais enviaram uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para pedir a suspensão temporária destas licenças.

Universities Allied for Essential Medicines
Universities Allied for Essential Medicines

“Foi o investimento público e a colaboração internacional que trouxeram vacinas contra o vírus”, afirmaram numa declaração os autores do estudo, investigadores da organização independente Universities Allied for Essential Medicines no Reino Unido. O trabalho, avançado quinta-feira e pendente de revisão pelos pares antes da publicação num jornal científico, traça centenas de milhões de ajudas públicas para investigação nas últimas duas décadas e localiza aqueles que tornaram possível o desenvolvimento da vacina, no qual a Universidade de Oxford também participou.

Os resultados do trabalho são muito mais detalhados, mas estão essencialmente de acordo com a informação publicada sobre outras vacinas contra o coronavírus, tais como a vacina da Moderna. Uma declaração do governo dos EUA mostra que atribuiu mais de 3,4 mil milhões de euros para o “desenvolvimento, ensaios clínicos e produção” do medicamento, com base numa nova tecnologia chamada “RNA de mensageiro”.

Wuhan
Wuhan

A informação divulgada mostra ainda que até 31 de Dezembro de 2019, dia em que a China comunicou o primeiro caso de Covid-19 na cidade de Wuhan, a maior parte do financiamento para investigação relevante provinha de governos estrangeiros e da União Europeia.

A equipa de investigação ressalva que nenhum dos dois métodos forneceu um quadro completo para rastrear a totalidade dos fundos, que revela que a maioria do financiamento para a vacina provém de governos, universidades ou instituições sem fins lucrativos, e não da indústria farmacêutica.

Conclusão:

Curioso o facto de antes ter surgido o primeiro caso de Covid-19, na China, existir financiamento para o desenvolvimento de vacinas, como o estudo concluí há diversos anos.

Fonte:

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