Um dos mais estranhos contactos imediatos de primeiro grau de todos os tempos ocorreu numa fria noite de Novembro de 1961. As testemunhas foram quatro homens de Dakota do Norte, que voltavam para casa depois de uma caçada, enquanto uma chuva fria batia no pára-brisa do carro. O sistema de aquecimento estava com problemas e as gotas de água transformavam-se em gelo nos vidros. Três dos viajantes dormiam quando o motorista, o único que estava acordado, viu um objecto incandescente vindo do céu.
O objecto caiu a uns 800 metros de distância, do lado direito da estrada. O motorista, alarmado, acordou o homem que dormia ao seu lado e ele acordou a tempo de vê-lo, o mesmo acontecendo com um dos homens que dormia no banco traseiro. Todos imaginaram que estavam a testemunhar um acidente aéreo.
Aceleraram a viatura em direcção ao local da queda, onde encontraram um objecto em forma de silo enfiado na terra com um ângulo de cerca de 85 graus em relação ao solo e a 150 metros de distância. Quatro figuras rodeavam-no. Tentar perceber tudo isso numa noite escura e a certa distância exigia uma visão muito boa. Por isso, os homens ligaram uma lanterna de mão no isqueiro do automóvel e apontaram-na em direcção à nave e aos seus ocupantes.
“Nesse momento, ouvimos uma explosão e tudo desapareceu”, declarou posteriormente um dos caçadores a um investigador do National Investigations Committee on Aerial Phenomena.
Os homens ficaram horrorizados. Pensaram que a nave tivesse explodido, aceleraram o carro em direção ao campo. Mas, quando se aproximaram do lugar, não encontraram a nave.
Acordaram o quarto homem, um estudante de medicina em serviço na base da força aérea local e contaram-lhe que, quando encontrassem a área do acidente, precisariam de ajuda. O estudante sugeriu que voltassem ao ponto de onde eles tinham visto o objecto pela primeira vez.
“Assim, poderemos calcular a trajetória e imaginar onde o objecto caiu”, exclamou ele.
Logo depois de voltarem à estrada, viram o objecto em forma de silo e seus os ocupantes outra vez. O estudante ligou a lanterna e iluminou de alto a baixo o veículo prateado. Então, a luz da lanterna iluminou uma das figuras, uma forma humana com cerca de 1,70 metro de altura, vestida com um avental branco. Por mais estranho que possa parecer, ele agitava os braços, fazendo sinais, como se tentasse dizer “saiam daqui”. Se tivesse ocorrido um acidente aéreo, imaginaram as testemunhas, porque é que aquele homem estaria a ordenar-lhes que se afastassem?
Os caçadores percorreram uma curta distância, tentando decidir o que fazer. Alguém sugeriu que o objecto poderia ser um dispositivo de teste secreto da força aérea. Outro pensou que aquele homem era fazendeiro e a nave, um silo agrícola.
Finalmente, decidiram voltar para casa. Efectuaram mais uns 3 quilómetros, quando o objecto voltou e pousou suavemente a menos de 150 metros. De repente, duas figuras ficaram visíveis.
Um dos caçadores saiu do carro, apontou a arma e disparou. A figura mais próxima foi atingida no ombro, levou a mão ao ferimento e caiu de joelhos. O companheiro ajudou-o e gritou para os quatro:
“Porque fizeram isso?”
Os quatro homens, posteriormente, tentaram relembrar o que aconteceu em seguida e concluíram que, no mínimo, tinham perdido a memória. Dois deles chegaram a negar que a espingarda tivesse sido tirada do carro. O homem que se lembrou de ter atirado disse que o seu comportamento parecia irracional e esquisito. A única lembrança nítida que tinham era a de chegarem a casa ao amanhecer e encontrarem as mulheres preocupadas com a sua demora.
No dia seguinte, o estudante, o homem que fizera o disparo, surpreendeu-se ao encontrar alguns homens estranhos a esperá-lo ao chegar ao trabalho. Chamando-o pelo nome, eles disseram que tinham “recebido o relatório” sobre a experiência vivida, por ele, na noite anterior. Perguntaram se ele havia saído do carro durante a primeira parte da experiência e também quiseram saber o tipo de roupa que usava. Quando respondeu que vestia roupa de caça e botas, os homens pediram que os levasse à sua casa, para que pudessem examinar-lhe as roupas.
Efectuado o exame, levantaram-se para ir embora. Aquele que falara a maior parte do tempo agradeceu a cooperação, mas advertiu:
“É melhor você não falar nada sobre isso com ninguém, daqui para a frente.”
Os homens entraram no carro e foram embora, deixando-o sozinho. Ele teve de telefonar para um táxi, para poder voltar à base.
“Eles não fizeram indagações a respeito do disparo e todas as perguntas referiam-se à primeira parte da aparição. Acho que, provavelmente, sabiam mais do que demonstravam, porém não tenho certeza”, lembrou o estudante.
Ele nunca mais voltou a vê-los e até os dias de hoje, não faz a mínima ideia de quem eram aqueles homens e o que, exactamente, queriam dele.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz