No mundo inteiro, as pessoas há muito tempo que levam a sério as visões daqueles que se aproximam da morte. Durante a Segunda Guerra Mundial, foram mantidos registos suplementares em pelo menos um hospital de campanha na URSS, em relação aos soldados seriamente feridos que, literalmente, tinham sido trazidos de volta à vida, após estarem à beira da morte. De acordo com um estudo de numerosos casos relativos àqueles que “voltaram”, depois de praticamente já estarem “do outro lado”, muitas dessas pessoas tiveram uma rápida visão de natureza religiosa, conforme as suas convicções individuais.
Entre os principais grupos religiosos, os católicos ortodoxos viram santos antigos e ouviram hinos, os muçulmanos chegaram às portas de um paraíso verdejante e promissor, enquanto os comunistas convictos, adeptos do materialismo dialético, não se lembraram de nada. Muitos disseram também ter visto membros da família que já haviam morrido.
O caso de Thomas Edison é especialmente interessante, pois como cientista, era de esperar que relatasse as últimas impressões com uma certa imparcialidade. No seu leito de morte, ele parecia estar em coma. De repente, levantou-se e disse com voz clara: “Estou surpreendido. Lá é muito bonito!”
Não fez mais nenhum comentário sobre o que vira, faleceu logo de seguida. Voltaire, famoso filósofo francês e crítico da Igreja tradicional, estava em estado semi-consciente, a morrer. Durante a vida produtiva e controvertida, os inimigos haviam-no sempre ameaçado, dizendo que ele receberia uma justa punição após a morte, presumivelmente no inferno. Pouco antes de morrer, as chamas das toras na lareira de seu quarto aumentaram de intensidade. O pensador olhou para o fogo e com a conhecida sagacidade, perguntou aos amigos: “Quoi! Les flammes déjà?” (“O quê!? Já são as chamas?”)
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz