Quando morreu, em 1987, o paranormal e produtor cinematográfico sueco Friedrich Jürgenson deixou uma extraordinária biblioteca que continha milhares de fitas gravadas com vozes misteriosas, que de acordo com Jürgenson, teriam sido produzidas pelos mortos.
Jürgenson começou as suas pesquisas pelo mundo da mediunidade nos anos 50, interessado em estabelecer contacto com os mortos. Desejoso de descobrir se os mortos podiam gravar as vozes em fitas magnéticas, Jürgenson passava horas e horas sentado junto ao gravador, pedindo solenemente aos espíritos que aparecessem e falassem através das fitas. Nada aconteceu durante meses, até que ele tentou gravar o canto de um pássaro perto de casa. No momento da reprodução, ocorreu uma estranha interferência, sugerindo ao cinegrafista a presença de sons sobrenaturais.
“Algumas semanas mais tarde, fui a uma pequena cabana na floresta e tentei outra experiência”, revelou Jürgenson.

Em entrevista concedida ao Psychic News, de Londres, ele declarou:
“É claro que eu não tinha a mínima idéia do que estava à procura. Coloquei o microfone na janela e a gravação aconteceu sem nenhum incidente. No momento de reproduzir os sons, primeiro ouvi o canto de alguns pássaros à distância. Depois, silêncio e de repente, de algum lugar, uma voz, uma voz feminina falando em alemão: Friedel, minha pequena Friedel, você consegue ouvir-me?”
Jürgenson ainda não percebera que estava a iniciar uma longa pesquisa para entrar em contacto com os mortos. Alguns parapsicólogos também ficaram interessados no projecto. William G. Roll, da Fundação de Pesquisas Psíquicas, então sediada em Durham, Carolina do Norte, visitou o produtor cinematográfico em 1964 para realizar algumas experiências. Nessas sessões, Jürgenson colocava uma fita virgem no gravador e então todas as pessoas presentes na sala começavam a conversar casualmente. Quando a gravação era reproduzida, podiam ser claramente ouvidas vozes extra entre as das pessoas que haviam participado da conversa.
Roll, parapsicólogo extremamente conservador, ficou tão impressionado que fez um relatório especial na viagem à Escandinávia.
“Jürgenson e as vozes dos seus “espíritos” certamente parecem ser reais”, declarou.
Fonte: Livro «O Livro dos Fenómenos Estranhos» de Charles Berlitz