Wolf Messing, que morreu em 1974, foi sem dúvida a pessoa com poderes paranormais, mais famosa da União Soviética. Tornou-se conhecido pelas suas apresentações em teatros, durante as quais realizava comandos telepáticos sugeridos por pessoas da plateia. No entanto, aqueles que se tornaram seus amigos íntimos contavam histórias ainda mais espectaculares, a maioria delas sobre o poder de controlar a mente de outra pessoa, mesmo a quilómetros de distância.
Uma dessas histórias foi narrada pelo Dr. Alexander Lungin, cuja mãe foi secretária de Messing por vários anos. O caso ocorreu quando Lungin estava na faculdade de medicina de Moscovo. O seu professor de anatomia, o catedrático Gravilov, antipatizara com ele desde o início e sempre o avisou de que iria reprová-lo, mesmo levando em consideração a aplicação dele.
O dia do ajuste de contas veio quando Lungin precisou de realizar os exames finais. Todos os estudantes precisavam passar pela prova oral, aproximando-se da mesa onde estavam sentados vários examinadores. Um deles, então, começava com as perguntas.
Pouco antes da realização das provas, Gravilov disse a Lungin, com um sorriso diabólico nos lábios, que iria examiná-lo pessoalmente. Aterrorizado pela notícia, Lungin transmitiu os seus receios à mãe, que telefonou para Messing e pediu-lhe que intercedesse. O médium, que morava a quilómetros de distância da escola, telefonou à Sra. Lungin, confirmando que ajudaria o seu filho.
Quando finalmente chegou a hora, Lungin caminhou em direção à mesa de exames e Gravilov não disse uma palavra. Em vez disso, simplesmente limitou-se a observar, enquanto Lungin era examinado por outro catedrático. O professor vingativo não fez nada, nem mesmo quando o outro examinador assinou a aprovação de Lungin.
Nem é preciso dizer que o estudante ficou feliz com esses acontecimentos, porém o que aconteceu em seguida foi ainda mais estranho.
Lungin saiu da sala de aula e foi conversar com outros estudantes. O professor Gravilov saiu, alguns minutos mais tarde, para perguntar se ainda faltava alguém para fazer o exame. Quando os alunos responderam que todos já tinham passado pela mesa de exames, enquanto olhava para o aluno que tanto desprezava afirmou: “Lungin ainda não fez a prova”.
Quando os alunos explicaram que o colega já fizera o exame e fora aprovado, Gravilov ficou enraivecido, questionando: “Como foi que ele passou? Não pode ser. Com quem fez o exame?”
Quando o professor verificou os registos, ficou lívido e saiu dali à pressa. Lungin, de alguma forma, derrotara-o, provavelmente com uma pequena ajuda de seu famoso amigo Messing.